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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Um lugar na Platéia


Fauteuils d’Orchestre (Orchestra seats)

Assisti e recomento o filme. Sinopse: Jessica, uma jovem do interior, chega a Paris determinada em conseguir um emprego no hotel Ritz. A idéia surgiu de sua avó, que é fascinada por luxo. Jessica não consegue o emprego no Ritz mas sim a vaga de garçonete em um café na Avenue Montaigne. O local fica perto de um teatro, de uma sala de concertos e de uma casa de leilões, o que faz com que Jessica volta e meia sirva pessoas da classe artística. Um dia uma famosa atriz estreará seu novo espetáculo vaudeville, um pianista dará o último concerto de sua carreira e um triste colecionador de artes venderá seus quadros prediletos. Todos estes eventos ocorrerão simultaneamente, o que fará com que o café onde Jessica trabalha fique bastante agitado.

O diálogo entre Fred e Jéssica resume bem a sinopse do filme. Ele começa:
_ Fica andando pelas rua à noite. Ainda não achou?
- Achei o que?
- Não sei. O que está procurando?
- Um bom lugar na platéia. Nem muito perto, nem muito longe.
- E tem um lugar vazio ao seu lado?

Gostei do filme porque ele mostra, entre muitas outras coisas, que a felicidade está na simplicidade. O pianista para no meio do concerto e tira sua casaca e tudo o que lhe amarra. Ele quer uma vida simples, simplificada. A atriz, que faria Simone de Beauvoir de graça, consegue o papel depois de dizer, sinceramente, o que pensa dela ao diretor de cinema, vivido por Sydney Pollack. A avó de Jessica não tinha dinheiro mas conseguiu seu lugar na platéia ao ir trabalhar no Ritz e estar ao lado de jóias caras e pessoas com dinheiro. Jéssica tem seu lugar na platéia ao passo que conhece cada um dos personagens envolvidos na história e, de certa forma, interage e influi em suas decisões. Um filme leve e simples, pra divertir e fazer pensar, pra nos colocar em um lugar.... na platéia.

http://www.adorocinema.com/filmes/lugar-na-plateia/lugar-na-plateia.asp#Ficha%20Técnica

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Visit London


Alguns alunos e amigos, ao programarem uma visita a Londres, pedem dicas sobre a cidade e a Inglaterra. Morei em Londres em 1999. Cheguei no dia 31/12/1998 e sai de lá no final de novembro de 1999. Apesar de tanto tempo muitos pedem dicas do que ver e do que fazer. Muita coisa mudou, mas resolvi escrever e passar algumas dicas em meu blog. As postagens que seguem é uma mistura de minha experiência por lá e de coisas que tenho lido sobre a cidade. Não são definitavas e serão atualizadas. Em breve voltarei e então terei mais subsidios para melhorá-las. Espero que gostem e façam bom uso das dicas que seguem:

Luiz

VISITA A LONDRES
Observação: Dicas minhas e algumas tiradas do caderno de turismo da Folha de São Paulo de 30/04/2009. Preços em Libras Esterlinas.

Sites:
http://www.visitlondon.com/ / http://www.visitbritain.com.br/
http://www.english-heritage.org.uk/ (Sobre as placas azuis que indicam onde viveram personalidades.)
http://www.cityoflondon.gov.uk/

Londres - Regiões

Regiões:
Kensington e Bloomsbury – região onde viveu Virginia Woolf. Veja www.nationaltrust.ork.uk/main/w-monkshouse , www.virginiawoolfsociety.co.uk para seguir os passos da personagem Mrs. Dalloway escrito pela autora. Casa de Virginia Woolf – 22 Hyde Park gate, rua sem saída que ladeia o Hyde Park. Aproveite para visitar o parque.

South Kensigton – Museu Victoria & Albert. (Após as 16 horas as visitas são grátis. Uma hora antes de fechar) – Obras do mundo fashion, fotografias de Cecil Beaton e criações de Mary Quant (inventora da minissaia) e Viviane Westwood (stilista do punk).
Museu de História Natural, Museu de Ciência,

Kensigton Palace – Onde morou a princesa Diana. Ficam perto o Albert Memorial e o Royal Albert Hall (casa de concertos) ao lado do Queen’s gate.

Harrod’s – Loja de departamento chic. Dá pra comer um sanduíche no Food Hall no térreo da loja. No Harry Morgan como um lanche por $ 15 (prefira um rosbife com molho horseradish, típico inglês). Compre um chaveiro (key ring) de lembrança com o nome da loja.

Hackney – Para quem gosta de brechós, mercados e galerias. veja www.broadwaymarket.co.uk, www.belgianbars.com, www.catandmutton.co.uk, www.wilkinsongallery.com

Central London - Turismo pra Turistas

Área Central:

Mercado Borough – www.borughmarket.org.uk Entre pontes Waterloo e London Bridge – Lugar para lanche rápido ou almoço. Visite a Bedale’s, loja de vinho, tábuas de frios e queijos (meia porção por $ 10) e uma taça de vinho ($ 10 – 30).

Millenium Bridge – Atravesse da Tate Modern para o outro lado (St Paul’s cathedral). As pessoas arrastam o pé ao andar por causa do barulho que faz.

Torre de Londres – Local onde eram presos os inimigos do rei antes de serem decapitados. Ali ficou duas esposas de Henrique VIII. Em julho haverá uma exposição das armaduras dele. www.hrp.org.uk ($ 17 – mas vale a pena). Veja a exposição das jóias da coroa.

British Library. Veja exposição: Henry VIII, man and monarch até 6/9 na British Library. ($ 9) www.bl.uk

Soho – Bairro noturno com bares, restaurantes, cafés e pubs alternativos. Área gay e de vida boêmia. Os pubs fecham as 23 horas mas lá os bares ficam abertos até perto das 3 da manhã. Só não podem vender bebidas alcoólicas. Perto ficam os teatros onde se pode ver O Fantasma da Ópera, Mamma Mia, e outras.

Procurar galeria com obra de Bansky, um grafiteiro que começou pichando muros em Hackney e hoje expõe em grandes museus. www.banksy.co.uk.
Bares noturnos.

Parques –

London Eye – (150 metros de altura. Foi a maior roda gigante do mundo até pouco tempo). Volta completa dura meia hora.

The Parliament Houses e Big Ben – Pode-se ir a Câmera dos Comuns e assitir um debate. Preste atenção aos detalhes de arquitetura.

Abadia de Westminster. Onde são coroados os reis, foram realizados vários casamentos reais e enterros também. Atente para os túmulos no piso da igreja. Caminha-se sobre eles. Verifique horário de funcionamento com antecedência. Paga-se para entrar mas é visita obrigatória.

St. Paul’s Cathedral – Paga-se para entrar. Se tiver que optar, prefira a Westminster Cathedral. Se entrar vale a pena ir até a cúpula.

Oxford Street – Visite as lojas: Top Shop, Miss Selfriges, H&M, Marks & Spencer, Dolce & Gabana.

The British Museum – Veja relíquias da Grécia, múmias egípcias, a pedra Roseta, e exposições temporárias. Equivale a uma visita ao Louvre.

Tate Modern – Vale a visita pelo prédio e pelo acervo. Não confundir com a Tate Galery que fica em outro lugar e exibe outro tipo de acervo.

British Music Experience – Endereço: Arena 2, estação North Greenwich ($ 15) Nova atração – Museu interativo e tecnológico. Veja discos, roupas de roqueiros, videoclipes, trajes criados por Vivienne Westwood para o Sex Pistols, roupas de David Bowie, looks retro de Amy Winehouse.

Design Museus – Lado sul do Tamisa. Pequeno e curioso.

Docklands – Região das docas no leste do rio Tamisa. Armazéns foram trasnformados em apartamentos. Aproveite para atravessar a London Bridge a pé, e visitar a Torre de Londres. Museu das Docklands www.museumindoclands.org.uk (não vale a pena, é pra tirar dinheiro de turista desavisado). Prefira um passeio de barco pelo Tamisa. Melhor percurso é o de Westminster até Greenwich. www.thamesriverservices.co.uk ($11 ida e volta).

The Suburbs

Bairros de Londres:

Hampstead Heath – Um dos maiores e mais tranqüilos parques da cidade. Faça uma caminhada pelo Parliament Hill, cruzando o parque, (vista panorâmica da cidade) até Highgate. Aproveite para tomar uma cerveja em um pub na área. No parque há três lagos. Pode-se tomar banho nu. Há o lago para homens e o lago para mulheres. No lago misto não se pode tirar a roupa.

Greenwich Park – Visite o Observatório Real. A linha divisória dos hemisférios. Do alto da colina, visão panorâmica de Canary Wharf (prédios modernos, e o mais alto da U.K.)

Saia de Londres - Turismo fora mas perto da cidade

Fora de Londres:

Castelo de Windsor – Aproveite para visitar o Eton College. Há casas de chás com mais de 300 anos onde se pode tomar chá e comer scoones, típicos ingleses. (Chá preto com um pouquinho de leite é um must).

Hampton Court – Palácio onde viveu Henrique VIII. Em 2009 comemora-se 500 anos de sua coroação. Há várias apresentações e eventos por Londres e no palácio. Veja a exposição: “Henry’s Woman”. 20 e 21 de junho será palco de uma grande festa. www.hrp.ork.uk ($ 14) meia hora de trem partindo da estação Waterloo.

Cambridge: Universidade, King’s Chapel inspirada na catedral de São Luis de Paris. (Se tiver que escolher entre Cambridge ou Oxford, prefira Cambridge).

Richmond – Caminhe pelas calçadas ao longo do rio Tamisa, visite parques, almoce em um bom restaurante. Num típico domingo de verão as pessoas sentam-se a beira do rio, tomam cerveja e conversam. Kew Gardens - O jardim botânico real, imperdível. ($ 12) www.kew.org , visite as estufas.

Dicas - Sobreviver em Londres

Dicas:

Dinheiro – Cidade cara. Leve carteira de estudante internacional. Da direito a vários descontos em museus, passeios, cinema, etc. Verifique o valor do desconto. Nem sempre é 50% como no Brasil. Há museus que não cobram após certos horários. Alguns são grátis como a National Galery. Na Inglaterra museu é barato, visita a igreja é caro.

Caminhe em vez de usar o metro em Londres. Ao pedir informações pergunte qual é o caminho pela superfície. Ao andar de ônibus (Double decker bus) vá na parte superior, na frente. Para distancia longas use o metro. Lembre que subway não é metrô, lá chamam de Tube ou Underground. Veja quantos dias vai ficar e compre o travel card (acho que agora chama-se oyster) para uma semana, ($ 17 zone 1 and 2), serve para onibus e metro nas zonas 1 e 2. Se sair das zonas 1 e 2, pague a diferença antes de entrar no metro.

Leia um livro em inglês, de um autor britânico, durante a viagem (autores: Virginia Woolf: Mrs. Dalloway, Katherine Mansfield, T. S. Eliot, E. M. Forster. Livros: Oliver Twist, etc. Vá em lojas de segunda mão, há livros baratinhos.

Não vale a pena comprar roupas ou outras coisas na Inglaterra, os preços são muito altos. Deixe pra comprar lembracinhas. Souvenirs baratos: marca páginas para livros, imãs de geladeira, cartões postais tipo calendário.

Teatro - Musicais. Os ingressos esgotam seis meses antes do show. Dica: Vá uma hora antes do espetáculo e pergunte pela fila de devolução de ingressos. Um pouco antes de começar o show, eles vendem os ingressos que são devolvidos para aquela noite. Tem que pegar o que aparece (Assisti Mamma Mia por $ 15). Aqueles vendidos em cabines no centro pra turistas são furadas.

PUBS - Tem que ir em um pub. Prefira os longe do centro, em bairro onde há mais ingleses e menos turistas. (Richmond, Greenwich, Hamstead). Puxe papo, os ingleses gostam de conversar, não são esnobes e gostam de estrangeiros. Converse com os nativos (se conseguir entendê-los é claro!). Se for com um grupo de nativos, eles fazem turno e pagam uma rodada pra todos. Se houver seis pessoas, paga-se uma rodada de seis, depois outra pessoa paga outra rodada, etc. Você vai beber seis “pints” e vai sair de lá carregado. Prefira ‘half pint’ se não é de beber muito, e não há problema em negar uma rodada. Mas é bonito pagar uma rodada pelo menos.

Danceterias: Em inglês ‘clubs’ – Há para todos os gostos e bolsos. Todos os tipos de públicos e gostos musicais. Pergunte para as pessoas que conhecer lá na cidade onde ficam, o preço, tipo de música, etc. consome-se muita droga nas danceterias, principalmente êxtase. Bebidas são vendidas a noite toda. Os londrinos bebem exageradamente. Não dá pra acompanhar. Na área de Leicester Square estão as mais conhecidas, mas há muitos turistas também.

Língua – Não fique frustrado se não entender o que os ingleses falam. Nem eles se entendem. Há vários sotaques pela cidade. É só ter calma, logo o ouvido se adapta e a coisa flui. Se falarem o cockney (tipo de inglês da classe trabalhadora) esqueça, não dá pra entender mesmo.

Comida – Experimente comida indiana. Geralmente bom preço e boa. Não é tão forte, para agradar o gosto dos ingleses. Bons lugares pra almoçar são os noodle places (comida chinesa) e alguns cafés como Café Rouge que vendem refeições a preços razoáves. Compre sanduíche pronto no supermercado, suco e fruta e leve consigo. Na hora do almoço, sente-se em um parque e almoce. É muito comum isso por lá. Alguns hostels tem cozinha coletiva. Faça sua janta antes de sair.