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domingo, 26 de setembro de 2010

Breakfast at cinemateca São Paulo.





Cada hora eu encontro um cantinho interessante em São Paulo. Hoje conheci a Cinemateca brasileira no Largo Senador Raul CArdoso, 207 - Vila Mariana (www.cinemateca.gov.br) O local fica em um prédio de tijolos vermelhos que foi um dia um matadouro.
O motivo da visita foi para assistir ao filme Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany's) filmado em 1961. De 22 a 26 de setembro, com entrada franca, é possível assistir a filmes com a atriz Patricia Neal que faleceu no dia 8 de agosto último gratuitamente.
Patricia teve uma ótima carreira em Hollywood nas décadas de 50 e 60. Depois de afastada do cinema devido a um AVC, ela prosseguiu carreira na televisão e teatro conquistando indicações para vários premios. Ela ganhou o Oscar como melhor atriz pela interpretação em O Indomável, um dos filmes apresentados na mostra em sua homenagem.
Sei que já passou, mas fica a dica para conhecerem a Cinemateca. Imperdível.
Patrici

domingo, 15 de agosto de 2010

Partimpim - Adriana Calcanhotto



Adriana (Partimpim) Calcanhotto voltou a São Paulo para apresentação para crianças e adultos no HSBC Brasil. Sentei a uma mesa, bem na frente do palco, dividindo espaço com meus amigos Rodrigo, Marcio e um novo agregado, Moacir e também Rai, Astrid, Marisa Monte e o Antunes. Adrina dividiu o palco com Morais, Velozo entre outros e brinquedos, instrumentos musicais infantis e toda sorte de apetrechos pertencentes ao mundo das crianças. Ela estava solta, divertida, e interagindo com a criançada (incluindo nós)passando mensagens de maneira lúdica.
Adriana Partimpim, a Xuxa dos baixinhos intelectuais.

This Charming Man, Marian Keyes II



Finalmente acabei de ler This Charming Man da Marian Keyes. E olha que são quase 900 páginas. Gostei e recomendo. Já falei do livro antes então vou direto para minhas impressões e o que ficou. 1. Meu inglês está melhor, sem dúvida. Ela utiliza linguagem coloquial nos diálogos, mas na narração e argumentação usa ótimo vocabulário e estrutura de língua (leia-se gramática, causando ou não arrepios ao linguistas). Constroi uma boa fotografia de Dublin e Knockavoy na descrição do local e das pessoas que habitam o lugar. Fiquei com vontade de conhecer. Só estive em Cork. Bom motivo para voltar a Irlanda. As personagens são interessantes. Grace, jornalista durona, Marnie, irmã gemea dela nunca admitirá que é alcoólotra, Lola jamais admitirá que tem o cabelo roxo e Alicia, por que é mesmo que ela se casou com De Corcey? Bem, pra quem não sabe, Marian keyes escreveu Melancia, já traduzido em portugues. Pela foto acho que ela usa botox, talvez um pouco mais do recomendado (nada contra, bem claro), e brinca com isso em um diálogo no livro. Definitivamente não é literatura séria, eu diria literatura de diversão, se é que existe esse gênero. Mas pra conhecer um pouco o universo feminino irlandes, melhorar o ingles e se desligar um pouco do mundo, acho que vale a pena.

Seven six club - Novo bar/club em São Paulo

Ontem fui na inauguração de um clube novo em Sao Paulo, o Seven Six Bar Club em Pinheiros. http://soulvoxxy.blogspot.com/2010/08/seven-six-bar-club-inauguracao-14-de.html

Nunca é demais, parece que quanto mais danceteria (leia-se clube, discoteca, boate, o que vc achar melhor) se abre, mais precisam abrir porque elas vivem lotadas. O problema é que é sempre mais do mesmo.
Fui como acompanhante de uma amigo. O evento era apenas para convidados. Na chegada a primeira surpresa, R$ 20,00 para deixar o carro com o valet (manobrista), Lá dentro, entrada pelo bar, vc recebe um cartão para anotar o que consome. Decoração legal, com fotos em preto e branco de Paris pelas paredes, sofás, mesinhas com cadeiras, velas acesas (sem problema, tem um bombeiro de plantão), DJ tocando. Sobe-se as escadas e lá encima outro bar e a pista de dança com um painel de neon em cada uma das duas paredes.
Tentei deixar meu casaco no guarda volumes, mas a fila era enorme, desisti, voltei, desisti, voltei desisti, voltei... (já deu três vezes?)
Encontrei vários conhecidos, encontrei várias caras conhecidas....
Fui ao bar pegar duas cocas zero (Já tinha enchido a cara de frozen na casa do Márcio), uma pra mim e uma para meu amigo. Esperei..., esperei...., esperei.... passaram alguém na minha frente. Esperei..., esperei.. ah, fui atendido. Uma latinha e um copo com gelo.
A musica tocava, mas não sentia o pessoal se empolgar... Ai foi ficando vazio. Descemos para o bar, fila para pagar cheia, pessoal indo embora. Ficamos mais um pouco. 2 da manhã, hora de partir. Até que foi rápido. Passaram o cartão - R$ 35,00. Surpreso: "O que é que eu estou pagando?" "Duas cocas" disse a moça mostrando a tela do computador. Olhei e estava lá, coca, coca, serviço, alguma coisa ...%, total 35,00. Ok né! Paguei. Sai pela porta giratória e lá fora comentei com dois amigos. Os dois flaram: "Deve ter algo errado, porque eu bebi isso e aquilo e só paguei 17,00, etc." Então foi isso, já tinha saido, nao tinha como voltar, e ficou isso por isso mesmo e aquela sensação de que fui passado pra trás.
Bem, o lugar é bacaninha, espero que pegue, mas se eu vou voltar é outra história.

A Origem - Inseption


Sexta feira assisti ao filme 'A Origem' com Leonardo de Caprio. Dirigido por Christopher Nolan, de 'Batman - O cavaleiro das trevas'. O Elenco está ótimo: Ellen Page (Jono), Marion Cotillard (Piaff)e Joseph Gordon-Levitt (500 Dias com Ela. DiCaprio vive um expert em espionagem industrial capaz de entrar mente de outras pessoas e roubar sonhos e segredos. A História é o que menos importa aqui e críticas sobre o filme já existe várias na internet. Eu deveria ter seguido o conselho da revista Veja e ido a um cinema com tela grande, GRANDE, ENORME. IMAX, por exemplo. Os efeitos visuais é mais de 50% do filme. Devo voltar pra ver na telona. Di Caprio, mais maduro, em todos os sentidos. Me pergunto: Como alguém pode ficar melhor com rugas do que com cara de bebê? Marion Cotillard, já esta na galeria das divas, pra mim. Pra quem não viu, deixe o preconceito de lado e vá. Muito bom!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Drinks and tears


Final de semana agitado. Emocionalmente.
Houve encontros e desencontros, livros e filmes que me disseram algo e me fizeram pensar. Conheci novas pessoas e novas coisas sobre pessoas conhecidas. Foram tres dias intensos:
Iniciei meu primeiro dia de férias sem fazer nada diferente da minha rotina diária, só que em vez de ir trabalhar à tarde, fui para a cama com o livro This Charming Man de Marian Keyes. O livro conta a historia da personal stylist Lola que descobre através dos noticiários que seu namorado, o político Paddy (Manoel ou Joquim na Irlanda), vai se casar.... com OUTRA. A jornalista Grace quer abrir a caixa de Pandora e saber o que há por dentro dessa história e acha que Lola tem a chave. Marnie, irmã de Grace, não consegue esquecer seu primeiro amor, por acaso Paddy de Courcey. Enquanto isso, Alicia, a noiva de Paddy, preocupada em ser a esposa perfeita de um político famoso, não sabe quem é o verdadeiro Paddy. O livro conta a história de quatro mulheres diferentes ligadas a um ‘charming man’ e a um segredo que une todas elas.
Sexta fria e chuvosa, só consegui ler por meia hora antes de cair no sono. A noite encontrei amigos de trabalho para beber e bater papo no bar Opção, ao lado do MASP. Notícia fresca: “A Fe pediu demissão!” – Putz, mais uma. Com ela são oito professores, num quadro de 30, que deixam a escola em um semestre. Ela chegou logo depois. “Conte mais, que história é essa?” – “Vou ficar um ano fora. Londres. Estudando!” – “Que pena! Você vai fazer falta!” - Ela é linda, inteligente, uma delícia de pessoa. E eu vou ficando.... na mesma. Volto pra casa, vou para o apartamento do Rodrigo, um amigo vizinho. Ele esta hospedando Junior, um amigo que mora em Recife. Junior vai deitar-se e eu e Rodrigo assistimos ‘Gata em teto de zinco quente’ com Elizabeth Taylor e Paul Newman.

Gata em Teto de Zinco Quente


Cat on a Hot Tin Roof é originalmente uma peça do dramaturgo americano Tennenssee Williams, vencedora do prêmio Pulitzer. Big Daddy não sabe mas está para morrer e único que não quer esconder isso dele é o filho mais novo, Brick (Paul Newman). Brick é um antigo atleta de futebol americano, agora alcóolatra, que rejeita sua bela esposa, a gata Maggie (Elizabeth Taylor). Ele acha que ela o traiu com seu melhor amigo e que ele se suicidou por causa dele. O irmão de Brick e sua esposa querem a maior parte da herança do pai moribundo. O aniversário do velho torna-se um dia que ninguém vai esquercer. Nesse dia, segredos serão desenterrados e verdades serão ditas, entre todos os membros da família. Muita tensão nos diálogos e nas relações interpessoais. E para mim, muita emoção para um final de dia.... ou começo de sábado.

brakefast


Sábado, café da manhã com Rodrigo e Junior na padaria Villa Bahia em Higienópolis. Um brunch com direito a pró-seco, frutas, sucos, pães e sanduiches. Junior veio de Recife resolver uma relação conturbada que se estende por mais de uma ano com ‘V’, que mora aqui em São Paulo. Irá ter uma conversa séria na parte da tarde com a outra parte. Ele segue para encontrar ‘V’ e eu e Rodrigo passamos na concessionária Fiat para conhecer o UNO Mille modelo novo. Entrei em um cinquetento. Um sonho de consumo! um carro para um novo tempo: compacto, seguro, com design moderno e um toque retrô. Inspirado no italiano Fiat Cinquecento. Mas R$ 78.000,00 em um carro não é para qualquer um, incluindo eu.

This Charming Man


De volta pra casa começo a página 131 do livro. Título: ‘Grace’. Ela inicia a relação com Damien. Page 147: “It was tem years since I’d met Damien, .... I noticed him at the airport check-in queue. ... I felt like I’d had a blow to the head. … Right away I knew he’d be choosy. Tricky even. I knew he’d put up a fight. Up until then I’d never understood those women who thought so little of themselves that they fell in love only with emotionally unavailable men. Now look at me..” bla, bla, bla.
E quem é que disse que há explicações para a paixão, por quem você se interessa e se apaixona. Page 151: “... At the airport taxi rank, it was no surprise that He didn’t ask for my number. And I didn’t ask for his because after ten days of getting nowhere, I’d got the message.” Page 152: “I was feeling a bit drunk, a bit dangerous and a bit angry, even though it wasn’t his fault that he didn’t fancy me.”
Depois de reclamar de sua sorte ela acaba descobrindo que o cara esta sim à fim dela. Ela está boqueaberta: “But if you were ... interested... you are interested, aren’t you? I’m not making a big fool of myself here, am I” – “No” – “No?” – “No, you’re not making a fool of yourself. Yes, I am interested.” …. Was this really happening? “So why didn’t you let me know?” – “ … I wasn’t sure. You were friendly, but you’re friendly to everyone… I’ve been out of the game a long time.” …..

Notas sobre um escandalo



Interrompo a leitura e me junto ao Rodrigo para assistir Notas sobre um escandalo (Notes on a Scandal) com Judi Dench e Cate Blanchett. É! de novo, em menos de uma semana. O filme é bom deeeemmmais.... e vou ver novamente. Barbara (Judi) é uma professora que comanda sua sala de aula com mão de ferro, mas leva uma vida solitária fora da escola. Conhece a nova e radiante professora de artes Sheba Hart (Cate). Pensa ter encontrado sua alma gêmea, até que descobre que Sheba está tendo um caso com um aluno de 15 anos. Seu ciúmes e raiva ficam fora de controle. Os ingredientes do filme: desejo, cobiça, inveja, segrdos, mentiras, traição.
Mal começamos a assistir o Junior volta depois de ter tido sua conversa com ‘V’. Pausa no filme: “E ai, como foi?” Com os olhos cheio de lágrimas ele diz: “Esta tudo acabado!” – Foi triste ver aquele homem forte fisicamente desmanchar-se em lágrimas. Foi então que eu literalmente entendi a expressão em inglês ‘A shoulder to cry on’. Demos a ele a oportunidade de chorar, porque chorar faz bem e não é vergonha pra ninguém. Ele deitou-se no sofá, encolhido como um bebê, entre eu e Rodrigo, porque o que ele precisava naquele momento era sentir que não estava só. E assistimos ao filme que mostra como a paixão está acima da razão.
Como pode uma professora apaixonar-se perdidamente por um garoto de 15 anos? Sim, é possível, é inconseqüente, mas acontece. Quando tudo vem à tona e acaba o rapaz simplesmente diz: “Eu não posso ajudá-la. Era pra ser divertido. Agora ficou sério!” – Ela vai embora chorar e esperar seu julgamento e sua sentença.

Bad Romance



Sábado a noite levamos nosso amigo Junior para jantar na casa do E. (não vou citar nomes aqui). Foi divertido. Comemos, bebemos muito. Ouvimos a Lady Gaga, cantamos e rimos. O grupo saiu para dançar na Trash. Junior preferiu ir para outro lugar. Quanta breguice. Mais bebida. Dançamos muito. M (não vou citar nomes aqui, não insista) chegou. Rodrigo esperava ansioso por este momento. Mas as coisas não acontecem como queremos nem imaginamos. Ansiedade e expectativas causam frustração quase sempre. Todos se divertiam, até ele, mas ai..... ele começa a ver coisas!!! Talvez eram coisas reais, talvez imaginárias, mas enfim, o suficiente para não querer ficar mais conosco. “Vou embora” – “Por que? Esta tão divertido!” – “Você vem comigo?” – “Não, eu quero ficar!” respondi. O problema era ‘E’ e ‘M’.
(Não me lembro de mais nada. Não vi, não ouvi, não posso falar)
De madrugada, de volta para casa, deitei-me esperando dormir pelo menos até o meio dia. Não conseguia. Na minha cabeça ressoava Lady Gaga: “Bad Romance!”... Cate Blanchet gritando como louca insana depois de descobrir que Barbara era uma louca obsessiva. Como estaria o Rodrigo e o Junior? E o ‘E’ e ‘M’? Ninguém fez nada direito, todos eram inocente e todos eram culpados. Vitimas dos seus sentimentos. Amor e paixão, felicidade? “Wasn’t it suppose to be fun?” Tudo o que eu via era tristeza à minha volta.
O sono não vinha. Fui ao chuveiro e deixei a água escorrer por pelo menos vinte minutos sobre meu corpo. Voltei pra cama e não sei quanto tempo ainda levou até finalmente pegar no sono. Acordei as 10h30. Mensagem de texto no celular: “Quando acordar me liga – Rodrigo” – Pedi para ele subir. Eu sabia que eu não seria o único a estar acordado. Era mais um para consolar.
Não estou reclamando não. Este é o papel dos amigos e um dia pode ser eu quem vai precisar de um ombro amigo. Ouvi mais do que disse. Nessas horas, o importante é ouvir. Perguntei: “E o Junior?” – “Esta lá em casa, chorando!” Logo alguém bateu na porta do meu apartamento. Era o Junior. Juntou-se a nós. Chorou novamente como uma criança. Nos contou que encontrou amigos da outra parte e que vieram tirar satisfação com ele. Sentia-se culpado.
Mas quem é inocente ou culpado nas histórias de amor???? Quem pode julgar, e porque todos acham que podem dar seus pitacos. Ate o Alex Escobar erra nos pitacos de futebol!
Levamos Junior ao aeroporto. Eu sei que o que ele mais queria era que ‘V’, a outra parte, ligasse pedindo para ele ficar. Mas não houve ligações. Ele partiu: “Eu vou ficar bem!” Mais tarde o almoço foi com Rodrigo e ‘V’, a outra parte. E ouvindo o outro lado só pude dizer: “Nessas histórias, não há certo e errado, culpado ou inocente. Ninguém entende o coração!” Lembrei do que havia lido no livro e comentei com Rodrigo: “Você não pode culpar ‘E’ e ‘M’ porque ‘M’ não sabe o que você quer. Você pode ter insinuado algo, mas nunca disse o que quer. Você recebeu uma mensagem de ‘M’ querendo saber o que houve, então diga a verdade. Se é isso o que você quer, não faça joguinho, diga o que quer. Se não tiver que ser, desencana, parte pra outra!”

O pequeno Nicolas


Depois de tanta carga emocional, tínhamos o direito de nos divertir. Encontramos o Ernesto para um café na livraria Cultura do Conjunto Nacional e depois pegamos um cinema. Filme: Le Petit Nicolas.
Inspirado na obra homônima de Jean-Jacques Sempé e René Goscinny, O Pequeno Nicolau trata do universo e dos medos infantis, resultantes da escuta de conversas entre adultos. Nicolau entende errado uma conversa entre seus pais, o que o leva a crer que uma irmãozinho está a caminho e que assim que o mesmo nascer, ele será abandonado pelos pais. Apesar de algumas criticas negativas achei muito divertido. (http://www.cinepop.com.br/criticas/pequenonicolau_101.htm) No elenco estão Kad Merad e Valérie Lemercier.
Uma comedia que nos fez rir, esquecer o lado cinza da vida, simplista, talvez boba, mas que nos faz ver como somos enganamos pelo que vemos ou ouvimos, ou pensamos ver ou ouvir. Criamos fantasias, sonhamos com coisas impossíveis e tomamos decisões baseadas nelas e deixamos de viver nossa realidade e aproveitar toda a felicidade possível a nossa volta.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Patrik 1.5 - filme sueco



Sessão de domingo: Sven Skoogh (Torkel Petersson) e Göran Skoogh (Gustaf Skarsgård) mudam-se para uma casa num subúrbio residencial em algum lugar da Suécia. O casal quer adotar um garoto de 1.5 anos de idade. Apenas aguardam o sinal verde do serviço social.
Neste ínterim conhecem os vizinhos, pessoas ‘normais’ que ainda se espantam com o fato dos dois homens serem um casal. Algum tempo depois, recebem uma carta confirmando que foram aprovados para adotar Patrik (Thomas Ljungman). Entretanto, para surpresa do casal o garoto não tem 1.5 mas 15 anos de idade. Pior: tem uma ficha criminal respeitosa, fuma e bebe.
Patrick nunca conheceu o pai e perdeu a mãe aos cinco anos de idade. A tia, única parente prometeu soltar os cachorros encima dele se ele aparecesse por lá. Foi criado em um orfanato para onde não pretende voltar. Para piorar a situação ele é homofóbico.
O filme foi adaptado de uma peça de Michael Druker. Em alguns momentos é um pouco piegas, um “tearjerker”, em outros tira algumas gargalhadas. A surpresa, pelo menos para mim, fica no fato de que num país tão avançado quanto a Suécia, ainda há preconceito. As famílias ‘normais’, vizinhos deles, vão mostrando aos poucos que ninguém é normal e que o importante é todos buscarem se entender e ser feliz.
Recomendo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Mais um dos meus foras

Tava na festa de aniversario de um amigo e reencontrei uma amiga em comum. Fazia mais de um ano que nao a via. De cara percebi que ela havia engoradado, mas é claro, essas coisas nao se comenta. Tomei um vinho, ouvimos musica, e ai a gente vai se soltando. Conversa com um, conversa com outro. Ai houve um momento em que alguem comentou sobre a flexibilidade da tal amiga. Ela deve ter quase 1,80 de altura, pele super branca, cabelos longos, mas... bem acima do peso. Ela, para mostrar a flexibilidade levanda a perna e coloca atras do pescoço. E eu, com minha espontaniedade toda digo em alto e bom tom, com cara de espanto sincero: "Nossa, você devia estar no Hair Spray!"... Silencio total! Em uma fraçao de segundos eu me dou conta: Eu acabei de chamá-la de gorda! Pra quem não sabe, a atriz principal de Hair Spray, é goooorddaaaaa! gorducha, mas tem uma flexibilidade de dar inveja! Todos ali assistiram o musical e sabiam do que eu estava falando. Alguém mudou de assunto rapidinho e eu murmuro para amiga do lado: "Acho que acabei de dar um fora!" E ela, com cara de paisagem diz: "Abafa o caso!" Eu abafei.... quero dizer, até o momento de postar isso aqui ne! So vou saber se a tal amiga abafou o caso quando vê-la novamente. Porque até onde eu sei, elefante tem uma memória incrível, não esquece e se vinga. E patada de elefante mata, então, o melhor é ficar londe de encrenca.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Civilização Zero

As vezes, nas aulas de inglês, alguns alunos dizem que ficam putos quando um gringo pergunta se aqui em São Paulo tem índios, animais ou parte da selva. Pois eu acho que eles deveriam ficar putos em fazer parte desta selva de índios cheio de animais. São Paulo é uma selva de pedra cheia de índios, leia-se pessoas inocentes, ignorantes e de mentalidade simplista, e também de animais, leia-se seres irracionais, que não conseguem ver além do óbvio.
Ao caminhar pela calçada, hoje às 22 horas, vindo do trabalho, quase sou atropelado por um carro que sai a de um hotel na rua Maranhão, Higienópolis. Sim, o motorista, dirigindo a uns 30 kpm, não se deu ao trabalho de parar no portão antes da calçada e tomar a rua. O cara brecou na marra. Me recusei a parar. Preferência minha. O pior foi ouvir um idoso, atrás agradecer por ele ter parado. Quando se chega ao ponto de agradecer um motorista por parar para você passar na calçada, chegamos ao grau máximo de falta de civilidade.
Sim, os gringos têm razão. Vivemos em uma selva de índios e macacos que não sabem votar, não sabem respeitar o vizinho, não sabem viver em sociedade.
Depois disso eu topo com um morador de rua que pede uma moeda e eu sou obrigado a dizer hipocritamente, com aquela cara de que eu lamento profundamente: “Desculpe, eu não tenho moeda hoje!”. Não tenho nem hoje nem nunca. A moeda que eu dou hoje vira o craque de amanhã, e depois esse mesmo cara irá me assaltar para comprar mais craque. Mas tem gente que dá, né! Então, eu é que sou o perverso da história.
Estouraram a cracolândia no centro de São Paulo para ela se multiplicar pelo resto da cidade. Enquanto isso, vamos seguindo, reféns dos mendigos, dos assaltantes, dos motoristas grosseiros. E os pacatos cidadãos continuam achando que os gringos, que com desculpa da palavra, vivem anos luzes ahead of us em termos de civilização, não têm o direito de dizer que vivemos em uma selva cheia de cobras e macacos.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pecado da Carne - Eyes :Wide Open


Bem a unica coisa que justifica a tradução do titulo em português é o fato do cara no filme ser dono de um açougue. E o pecado fica por conta da cabeça alheia, da cultura cristã carregada de culpa e remorso. O que há ali é um mundo de gente xereta com regras rígidas num bairro ortodoxo de Jerusalém que torna a descoberta do amor de Aroon pelo recém-chegado Ezri impossivel de ser explorada. O cara estava morto e ressuscitou, mas ele já tinha uma vida antes disso tudo acontecer e agora ele teria que fazer uma escolha. A metáfora no final diz tudo. Se quizer saber o que é, va ao cinema e assista. Mas não vá de olhos bem abertos (eyes wide open) vá com a cabeça bem aberta. Não é um filme para qualquer um.

A Arte de Escrever - Schopenhauer


"Os professores ensinam para ganhar dinheiro (...) E os alunos não aprendem para ganhar conhecimento e se instruir, mas para poder tagarelar e para ganhar ares de importantes"
"A peruca é o símbolo mais apropriado para o erudito puro. Trata-se de homens que adornam a cabeça com uma rica massa de cabelo alheiro porque carecem de cabelos próprios."

São esses comentários ferinos, bem humorados que me fizeram querer ir em frente e ler o livro em duas semanas. O interessante foi descobrir que Arthur Schopenhauer (1788-1860) tinha pensamentos tão atuais sobre linguística:
"... todos os estilos de escrita devem conservar um certo vestígio do parentesco com o estilo lapidar que é seu precursor. Querer escrever como se fala é tão condenável quanto o contrário, ou seja, querer falar como se escreve, o que resulta num modo de falar pedante e ao mesmo tempo dificil de entender." "Quando se aprende uma língua, a dificuldade consiste sobretudo em reconhecer cada conceito para o qual essa língua tem uma palavra, mesmo que a própria língua de quem aprende não pussua nenhuma palavra que corresponda com exatidão a tal conceito, o que ocorre com frequencia. Por isso, quando alguém aprende uma língua estrangeira, precisa delimitar várias esferas inteiramente novas de conceitos em seu espírito, desse modo surgem esferas de conceitos onde antes não havia nenhuma. Portanto, não aprendemos palavras apenas, mas adquirimos conceitos (...) Pessoas pouco capazes também nao assimilarão com facilidade uma lingua estrangeira: (...) Não conseguem se apropriar do espirito da língua estrangeira, o que se deve, na verdade, ao fato de que seu pensamento não se vale de meios próprios, mas é emprestado em sua maior parte da língua materna, (...) mesmo em sua própria lingua, essas pessoas costumam usar apenas expressões idiomáticas gastas. (...) no aprendizado de cada língua estrangeira, formam-se novos conceitos para dar sentido a novos signos."

E suas dicas para quem quer escrever:
"Com frequencia, escrevi frases que hesitei em apresentar ao público, em função de seu caráter paradoxal, e depois as encontrei, para minha agradável surpresa, expressas literalmente nas obras antigas de grandes homens." "Assim como a leitura, a mera experiência não pode substituir o pensamento (...)" "O mais belo pensamento corre o perigo de ser irremedialvelmente esquecido quando não é escrito." "Para alguém se tornar um grande escritos isso é indispensável ... formar-se imitando o modelo da Antiguidade, antes de passar a uma composição própria.

Por essa e por outras razões fica a dica. Um livro para ler e depois pensar sobre, como o próprio autor sugere.

domingo, 11 de abril de 2010

Desejo e Poder - Brideshead revisited

Desejo e Poder foi uma tradução para chamar público aos cinemas brasileiros. Talvez para lembrar Desejo e Reparação, filme que trata da mesma temática, ou seja, o esnobismo da classe alta inglesa à classe média, o catolcismo e sua culpa. Assisti e me emocionei. Mas foi mais com a lembranças dos passado e a identificação com alguns dos personagens. Sem detalhes. Não esperava muito do filme, mas gostei. Dentro do tempo possivel, a mensagem foi passada. Fica a dica para a leitura do livro.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Memoria de Brideshead - Brideshead Revisited




Por volta de 1986, quando morava em Tatuí, SP eu assisti na TV Cultura a mini-série Retorno a Brideshead, (Brideshead Revisited) feito em 1981 pela British television serial. Foi baseado no romance de Evelyn Waugh e está na lista dos 100 melhores programas de televisão do Reino Unido. No elenco estavam Jeremy Irons (Charles), Anthony Andrews (Sebastian) e Diana Quick.
Nos anos 20, Charles, um jovem da classe média faz amizade com o aristocrata Sebastian em Oxford. Ele passa a freqüentar sua casa e família, uma rica mansão, Brideshead. A amizade entre os dois é mais do que uma amizade, mas Charles apaixona-se pela irmã de Sebastian e aquele amor transforma-se em algo ruim.
Nesta época, Itamar, um amigo e confidente me emprestou o livro que acabara de ler. O que mais surpreendia era o fato dos dois personagens principais serem apaixonados um pelo outro. Foi então que eu descobri que isto era possível. Não vi conotação homossexual naquela amizade. Um homem poderia amar um outro, amor de amigo, amor de irmão. Foi uma época marcante por todas as descobertas feitas.

Domingo, antes de assitir ao filme Mére et filles no cinema fui surpreendido com o trailler do filme. Fazendo pesquisa na internet descobri que o filme é de 2008 e fiquei surpreso que só agora passará no Brasil. Na nova versão, Emma Thompson, é Lady Marchmain, Matthew Goode faz Charles Ryder e Bem Whishaw faz Sebastian Flyte.

Será inevitável comparar o filme a mini-série. Segundo uma crítica de A. O. Scott do The New York Times, ele é mais curto e menos fiel ao livro de Waugh. É entediante, confuso e banal. Aparentemente os roteiristas Davies and Brock, tirou do filme o que havia de melhor, ou seja, as idéias provocativas. A longa experiência dos católicos ingleses como minoria, a gradação sutil de classes no sistema universitário britânico, os tabus e normas sexuais que governa a vida dos jovens adultos, é o que faz de Brideshead Revisited algo vivo e respirar como um romance. Mas nada disso é registrado com força no filme.” Roger Ebert do Chicago Sun-Times disse que embora fora montado elegantemente e muito bem interpretado, o filme não se compara ao seriado da TV, em parte por que a historia teve que ser comprimida devido ao tempo menor do filme. Mark Olsen do Los Angeles Time disse que a força do filme está na historia do autor e não no roteiro do filme. Os roteiristas apimentaram a amizade entre Charles e Sebastian dando um tom maior de conotação homossexual nela, algo mais aceitável hoje em dia.

Senti isso no trailler e provavelmente sentirei a força da mini-série frente ao filme que deve estrear em breve no Espaço Unibanco de cinema da Rua Augusta. Mas vou conferir. Talvez fique animado a procurar o DVD da mini-série ou quem sabe reler o livro de Waugh.

The Young Victoria - A Jovem Victória


Lembram da Emily do filme O Diabo Veste Prada? Aquela secretária que não morria de amores pela pobre Andrea Sachs. Então, o nome da atriz é Emily Blunt e ela é a mesma atriz do filme The Young Victoria (A Jovem Victória) que eu assisti em DVD ontem a noite.

Trata-se da biografia da rainha Victória da Inglaterra que mais tempo ficou em um trono inglês, 63 anos e fez do Reino Unido o maior império até então. Em 1837 Victoria (Emily Blunt) com 17 anos e é a herdeira do trono. Assim que seu tio Guilherme IV (Jim Broadbent) morrer. Sir John Conroy, (Mark Strong) o ambicioso conselheiro de sua mãe, a Duquesa de Kent (Miranda Richardson) querem que ela assine uma co-regência e assuma o trono apenas após os 25 anos. Ela odeia a ambos e se recusa. Eles a mantém à parte da corte. Todos querem o seu favor. Antes mesmo de ser coroada rainha, seu primo o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota (Rupert Friend) vem do continente para uma visita. Começa uma amizade que vai se transformar em algo maior. São anos turbulentos, ela não tem experiência e tudo poderia se perder se não fosse pelos conselhos sinceros de Alberto que ganha sua simpatia e coração.


“The Young Victoria”, de Jean-Marc Vallée com figurino de Sandy Powell, ganhou o Oscar de melhor figurino em 2010 e vale a pena também pela fotografia, cenário e atuação de Emily Blunt.

domingo, 4 de abril de 2010

Diário Perdido - Mére et Filles


Três mulheres, avó, mãe e filha. Audrey (Marian Hands), sai do Canadá para visitar os pais na sua cidade natal, na França. Audrey não está apenas em férias, procura respostas. Hospedada na casa do falecido avô, encontra o diário da avó Louise (Marie-Josée Croze) que abandonara a familia cerca de 50 anos antes. Ali reside um segredo. Por que ela desapareceu sem levar nada? Por que ninguém toca em seu nome?
É no diário que começa a aparecer os indícios dos motivos de sua partida, mas trata-se de um quebra-cabeças que precisa ser montado para revelar este segredo guardado inclusive por Martine, filha de Louise e mãe de Audrey (Catherine Deneuve).
Este triângulo de gerações move a trama: Audrey com a angústia da dúvida, Martine com um segredo, e Louise que partiu sem dizer adeus.
Com direção de Julie Lopes-Curval e ainda no
elenco : Michel Duchaussoy, Jean-Philippe Écoffey, Carole Franck e Eléonore Hirt
Parece haver um filtro na camera fazendo as cenas cinzentas e frias. Chega a incomodar. O final parece previsível, mas a surpresa fica por conta da reação e mudanças que esta descoberta trará. Vale a pena conferir pelo trabalho de Deneuve, que perto dos 60 anos de idade, está um pouco acima do peso e não parece se importar com isso. Totalmente desprovida de vaidade de uma diva, que é, faz o seu trabalho como tem de ser feito, com muita categoria.

Sete Conto (7 Conto)


“Eu trabalho com esta mão que tem cinco dedos e nunca roubou nada de ninguém. Tem gente que tem quatro e o povo desconfia!”
Esta é uma das piadas contadas por Luis Miranda na peça 7 conto, direção de Ingrid Guimarães no teatro Cleyde Yáconis, no centro empresarial de Aço, Av. do Café, 277, Jabaquara de quinta a domingo. Uma peça tipo stand-up comedy, teatro de revista ou besteirol crítico, onde Luis Miranda representa sete esquetes com sete personagens diferentes (pensando bem, são oito) que discorre sobre questões sobre exclusão social, racismo, insensibilidade das classes altas e maltrato aos idosos . Começa com Queixada, um guardador de carro, filósofo e alcoólatra, que usa uma variante popular da língua portuguesa e aproveita para falar dos gays e política. Caroline, a pequena atriz negra, fã das personagens de Valdi, Valdisney, tenta representar La Caperucita Roja (chaupezinho vermelho), mas não consegue papeis porque todos eles são escritos para meninas brancas. O rapper MC Dollar, um diabo que só veste Prada e se sente recriminado pelos pobres, o repórter Detona, apresentador do programa Brasil Elite e faz a defesa da elite paulistana. Detalhe para o momento em que ele entrevista Stephanny dos Santos, a irmã da atleta Diana e quando incorpora Adolf Hitler no final! A vereadora dona Editi , apresentadora de um programa de TV na favela, que dá dicas de beleza e culinária para os pobres seguido da chiquéeerrrriiimmma Sheila, socielite representante dos valores burgueses decadentes, fala de sua vida glamourrrosa enquanto se embebeda de champanhe (francesa é claro). Termina com a dona Arminda, uma ‘velha’ que não consegue se adaptar ao mundo dos gedgets digitais. Trata-se de uma ampliação do quadro do Luis Miranda no programa Terça Insana do qual fez parte com atualizações à cada apresentação dependendo do que ocorre na mídia e noticias. Muitos momentos de riso e alguns de reflexão. Boa critica através da sátira irônica, escracho e humor ácido, um bom programa para pessoas que estão por dentro das noticias.
A peça não tem patrocínio e o ator conta com a colaboração de que assiste para divulgar aos amigos. Vale à pena!

Educação - An Education


“Nao se preocupe. Dizem que em cinquenta anos, ninguém estará falando mais latim!”
A frase foi dita pela personagem Helen (Rosamund Pike, a jane Benet no filme Orgulho e Preconceito) ao consolar a estudiosa Jenny (Cary Mulligan), de 16 anos que tirou menos de 6 em latin.
Em 1961, nos subúrbios londrinos, antes dos Beatles, Jenny, uma jovem brilhante está dividida entre se preparar para estudar em Oxford ou a aprender com a vida, participando em leilões de artes, indo a concertos, corridas de cães, comendo e bebendo em restaurantes caros, viajando para Paris, a opção mais empolgante oferecida pelo carismático e sedutor David, (Peter Sarsgaard), um homem rico de 30 anos de idade.
A priori, os exemplos de vida da professora Miss Stubs (Olivia Williams) e da diretora do colégio Miss Walters (Emma Thompson) não parecem tão empolgantes, mas só o tempo dirá quem está certo.
Lynn Barber e Nick Hornby escreveram Educação, (An Education) e Lone Scherfig dirigiu o filme que valeu a indicação ao Oscar de melhor atriz para Cary Mulligan que está sendo cotada para viver a personagem Elisa Dollitle no remake do musical My Fair Lady, prometido para 2012.
Assisti no Espaço Unibanco da Rua Augusta e recomendo.

domingo, 28 de março de 2010

Menas conversa e mais ação







A exposição ‘Menas: O certo do errado, o errado do certo” é mais uma das ótimas exposições feitas no museu da Língua Portuguesa. Chama a atenção para expressões coloquiais, ditas pela população no dia à dia, mas que são consideradas ‘erradas’ pela norma culta.
Uma aula de lingüística mostrando que há variedades dentro de uma única língua. A variante culta é engessada mas a popular é livre e voa como um pássaro.
Entretanto, quanto mais soubermos utilizá-las, maior será o nosso poder de comunicação. Para isso, temos que nos tornar poliglotas dentro do nosso próprio idioma.

Por isso, menas conversa e mais ação. Fica a dica.

PINACOTECA


Coco brasileiro em forma de arte




Terra Papagalli

Você sabia que o Brasil já foi chamado de Terra Papagalli? Trata-se de um mapa de 1525 feito por Waldsmuller. Eu fiquei sabendo hoje no inicio da exposição Coleção Brasiliana Itaú na Pinacoteca em São Paulo. Trata-se de uma coleção feita por Olavo Setubal, presidente do conselho do Banto Itaú.

Além de mapas raros sobre o Brasil, há várias gravuras feitas durante a ocupação dos Holandeses entre 1624 e 1654, gravuras do Rio de Janeiro antes do advento da fotografia, documentos de chefes de estado do Brasil e Santos Dumont, obras originais feitos por artistas como Lazar Segal, Portinari e Marcelo Grassmann para ilustrar livros, e muito mais.

Sempre dá pra aprender algo novo e diferente.

Cats


No sábado, dia 27 assisti ao musical "Cats" no Teatro Abril, em São Paulo. O espetáculo estreou em Londres em 1981 e é o segundo mais visto do mundo. Elenco composto de 38 artistas, inclui Saulo Vasconcelos, Sara Sarres e Paula Lima. Toquinho, além de Aquarela, fez também a adaptação das letras para o português.


"Cats" é baseado em 14 poemas do livro infantil "Old Possum's Book of Practical Cats", publicado em 1939 com poemas e ilustrações do autor americano T.S. Eliot. O musical é ambientado em um beco escuro, a tribo dos Jellicle Cats. Eles reúnem-se para celebrar quem são, quando o líder do grupo,Old Deuteronomy (Saulo Vasconcelos), anuncia qual deles irá para um lugar especial chamado "Heavyside Layer", onde poderá renascer para uma nova vida. Entretanto, Grizabella (Paula Lima), que abandonou os companheiros anos antes para explorar o mundo lá fora, é desprezada por todos. É ela que canta a bela canção “Memory” que foi muito bem vertida para o português.

Apesar de longo e cansativo, (não há falas, apenas música), é um lindo espetáculo com ótimos números de dança e um show de luz.

Hairspray


Assisti na sexta-feira acompanhado de três sobrinhas, minha irmã e cunhado ao musical Hairspray no Teatro Bradesco em São Paulo. Com um elenco formado por 31 atores, entre eles e 12 músicos, inclui os globais Edson Celulari, Danielle Winits e Arlete Salles. Também Jonatas Faro e apresentando Simone Gutierrez no papel da gordinha Tracy Turnblad, que rouba o show. A tradução e direção é de Miguel Falabella, que mandou bem.

Mesmo gordinha, Tracy prova o seu talento e conquista uma vaga fixa de dançarina um programa local de televisão e torna-se uma celebridade. Ela torna-se então uma ameaça Amber Von Tussle,a estrela e filha da produtora do show principalmente ao disputar o mesmo garoto. Tracy ainda vai parar na cadeia ao incentivar uma manifestação contra a segregação racial, seu pai hipoteca a loja para pagar a fiança, sua mãe, deprimida, está desistindo de viver. Mas um bom tubo de laquê dá um jeito em tudo no final. “Hairspray”: irreverente e divertido, um programa para toda a família.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Oiticica, Hélio





Pouco antes de viajar para Londres, vi uma reportagem no Jornal da Globo sobre uma exposição de Helio Oiticica na Tate Modern de Londres e sua importancia. Nunca tinha ouvido falar nele.

Chegando em Londres, ao visitar a galeria lembrei dele. Coincidencia: Havia várias cópias de um livro sobre ele e sua exposição na Tatem, pela bagatela de cinco libras. Comprei um. Tudo em ingles é claro. O Itau Cultural na Paulista está com uma exposição de alguns de seus trabalhos. Lá aprendi palavras novas como Parangolé. Tropicália is the best. Há um trabalho dele exposto no novo Parque Mario Covas na Paulista também. Aproveitei pra conhecer o parque.

O quadro 'seja marginal, seja heroi' pertence a Nelson Mota. É mole não! - Fica o convite.

Celso Cunha versus Bechara


"Fssora. Qual é a melhor gramatica, a do Bechara ou a do Cunha?" Perguntou o aluno de pós-graduação a professora de morfossintaxe. "O Bechara trabalha a dimensão da palavra, o Cunha a dimensão da sintaxe. Os dois são ótimos, apenas usam viéis diferentes."
Ouvi e anoitei. Já tinha a Moderna Gramatica Portuguesa de Evanildo Bechara, que se tudo der certo conhecerei pessoalmente em um congresso de lusofonia na PUC nos dias 29, 30/04 e 01/05/2010, faltava a do Celso Cunha. Depois de procurar em tres grandes lojas encontrei e comprei meu exemplar na loja Martins Fontes, altura do numero 500 na avenida Paulista.
Me identifiquei muito com a maneira dele aduzir a sintaxe e os exemplo de escritores modernos. O melhor é ter os dois e estudar juntos. São dois grandes guardiões dessa lingua bela, flôr do Lácio, por quem cada dia mais me apaixono.
PS. A livraria acima é uma delicia. Parece livraria de verdade, daquelas que a gente ve na Europa. E o café no andar superior é uma delicia também. Fica a dica.

Wallace versus Darwin

Alguém já ouviu falar de Albert Russel Wallace? E de Charles Darwin? Pois o filme Creation, um drama sobre Darwin cita merecidamente a importancia de Wallace que independentemente chegou a mesma conclusão que Charles sobre o processo da evolução das espécies e da seleção natural. Não foi fácil para Darwin 'matar Deus' como muitos disseram. Não foi fácil para mim me separar do meu Deus também. Mas como ele mesmo disse no filme, isso é um processo e chega um momento que não há mais retorno. Adoro filmes bibliográficos. Este é um dos bons.

Direito de amar / A single man

Vale pela fotografia, pelo guarda-roupa, pelo perfeccionismo do diretor Tom Ford e pela atuação de Colin Firth. Julianne Moore forçou um pouco no sotaque britanico, mas ela é tao linda, não da pra reclamar. Filme visto 10 days ago.

O Diario de Anne Frank




Quando saia de Amsterdam em direção a Luxemburgo procurei um livro na estação de trem. Decidi por The diary of a young girl, Anne Frank. Paguei 8.95 euros e comecei a leitura no trem. Enrolei, enrolei mas terminei. Impressinou-me o talento que ela tinha para a escrita. Era seu sonho, um sonho que não se realizou por completo. Depois vi o filme no you-tube. Excellent! Fica a recomendação.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Back to London 1


Vôo JJ 8084 da TAM SP/Londres. Data: 28/12/2009. Encontrei Andréia, colega de trabalho e saímos do aeroporto num vôo direto para Londres às 23:55. Pontualidade Britânica. Vento favorável, o piloto avisou que chegaríamos antes do horário previsto. 30/12/2009, antes do meio-dia, estávamos em solo britânico. Deixamos o calor tropical e chegamos numa Londres gelada, que uma semana antes sofrera a pior nevasca em 115 anos. Mas até a neve havia derretido. Tudo daria certo!Minha segunda viagem para Londres foi no dia 30/12/1998. Depois de 10 dias em Paris. Lá fiquei quase um ano. Voltei em novembro de 1999. Muita coisa continua igual, outras nem tanto. O Big Ben, a Tower Bridge e a Tower of London, os palácios, os parques, as praças, os monumentos, o tube (metro), The Globe, teatro réplica do Shakespeare, ainda estão lá, mas o travel card virou Oyster card, a London Eye, maior roda gigante do mundo agora gira, o projeto Tate Moden saiu do papel e é real, agora tem a Millenium Bridge e tantos outros prédios que não existiam dez anos atrás.Daqui pra frente, não vale a pena contar detalhes de nada nem de tudo, apenas o que, pra mim, foi diferente, divertido, interessante.31/12/09 – As lojas em liquidação total, Total Sale. Rodamos a Oxford Street. Finalmente comprei minha câmera fotográfica Lumix PanasonicDMC-FZ38 com zoom 18. Agora era só começar a fotografar tudo. Fotografei os monumentos e seus detalhes, os pratos de comida indiana, fish & chips, noodles, o lugar onde morei, a neve caindo na virada do ano, e depois todos os museus em Amsterdã e Paris, sim, a Mona Lisa, de pertinho, sem aquele monte de japoneses que invadiam a Europa 10 anos atrás. Então, como estava dizendo, fotografei tuuuudddo. Mas ai, aconteceu algo terrível. Não vou estragar a surpresa... mais pra frente eu conto.

London











01/01/2010 Não começava apenas um novo dia, era o início de um novo ano, de uma nova década e de um novo ciclo em minha vida e na vida de outras pessoas. Foi o dia que escolhi para voltar a Bermondsay, o bairro onde morei. Fiz com Andréia o caminho que fazia quando voltava do trabalho 10 anos atrás. Atravessamos a Tower Bridge à pé, cortei caminho pelo conjunto de prédios de luxo adaptados nos antigos armazéns ao longo do rio Tamisa, até chegar no conjunto de prédios onde morava. Estava tudo lá, do jeito que era 10 anos atrás. Mas não em sua volta. Derrubaram muitos prédios antigos, prédios simples e em seus lugares estão construindo prédios luxuosos e caríssimos. Tirei fotos, pegamos o ônibus e fomos para Greenwhich Park ver o observatório e tirar a famosa foto com um pé de um lado de cada lado da linha do meridiano, depois de esperar na fila por quase uma hora. Coisas de turistas. Fechamos a noite assistindo ao musical Billy Elliot no Victoria Palace. Encontrei Fabio e Adriano que haviam chegado um dia antes, e choramos juntos emocionados pela musica e o talento excepcional do ator mirim.Dias posteriores: Passeio pelo Holland Park, Portobello Road, pubs no Soho e em Liverpool. Visita ao museu do cinema onde vi roupas e mobiliário do filme Harry Potter, entre outros, uma volta na London Eye, literalmente: uma volta, e debaixo de um frio quase insuportável, uma caminhada até Buckingham Palace, passando pelo Parliament Houses, Big Bem, Abadia de Westminster, St James’ Park. Mas a surpresa foi descobrir que o North Gower Hotel, em Euston, onde morei um mês, foi vendido e virou conjunto habitacional. Mas ai, entramos em um restaurante indiano vegetariano e nos acabamos de comer curry e pimenta em tudo.....

Amsterdam







Gatwick airport. O avião saiu as 15h05, chegamos as 17h05. Cidade estava branca de neve. Restaurante La Falote na Roelof Hartstraat 26 foi o ponto alto da noite. Super atendimento pela garçonete Michelle e o cozinheiro, Peter van der Linden. Resto da noite no Red District light e pub jolly joker. Dia seguinte, alimentamos a alma: museu Rijksmuseum, exposição de Raimbrant. Van Gogh museum, suas obras, incluindo um dos girassóis. Passeio de barco pelos canais de Amsterdam no final da tarde. Maravilhoso.Na Central station me separei da Andreia. Ela saiu as 10h27 para Berlin e eu as 10h54 para Luxembourg. A paisagem da janela, linda, branca de neve, voltei ao tempo quando viajei de Paris para Luxembourg, 10 anos antes para o casamento do meu amigo Itamar e Diná. Agora voltava para vê-los. Como estariam?Pensei em meus pais: “Tenho orgulho de ser filhos deles. Trabalharam duro, não me deram tudo o que eu quis, mas o que podiam e sabiam. Sempre quis mais, mas eles não podiam me dar mais. Mas hoje eu estou aqui, em um trem viajando pela Europa.”

Luxemburgo


Itamar me pegou na estação de trem. Dez anos depois e continua o mesmo. Conheci Rebeca, sua filha. Ganhei uma nova sobrinha. Jantar e vinho deliciosos. Fiquei sozinho no antigo apartamento onde moravam. com 2,5 anos e logo a Diná chegou. Rebecca foi para cama as 19hs e então jantamos. Passei o dia seguinte caminhando pelas ruas da cidade, mas estava frio demais e tive que entrar em um bar para tomar chá.

Fiquei surpreso ao ver pessoas fumando no bar. Itamar explicou. Só é proibido fumar entre 11 e 14, hora de almoço e depois das 18 as 20, horário de jantar. Nos outros horários é livre. Ok né? Cada país com suas leis anti-fumo. Passeamos pelo parque, a fonte estava congelada, mas havia gente fazendo corrida. Eles usam uma calça térmica, tipo fuso, ridícula. Depois Itamar me levou ao Art Café na 1ª rue Beaumont place du theatre L-1219 Luxembourg onde tomamos uma sopa. Papo em dia. Dez anos em 10 minutos. Por que não? Acreditem, na era do twitter, tudo é possível. Compramos o jantar: mousse aux cruton de saumon, frois Grass, pan. Ele leu o taro pra mim. Ótimas notícias para os próximos dez anos. Meu futuro está cheio de estrelas. Rz.

O TGV saiu as 10 em ponto e cheguei em Paris as 10h06 com 6 minutos de atraso. Eles pediram mil desculpas pelo alto falante. Eh, lá eles fazem isso!

Paris







Comprei um carte sejour de 6 dias por 28 euros, zonas 1, 2 e 3 e peguei o metro até o hotel Washington na região do Marrais. Estava só e fui até o Centre Pompidou. Cheguei tarde, estava fechado. L Jantava quando Andréia ligou: “cheguei de Berlin!”

Sábado. Ruas brancas de neve. Musée carnavalet (Historia de Paris). Almoço : un assortiment de quatre fromage, pan e soupe à l’oignon. Caminhada : Place de Voges, Bastilha, Catredral de Notre Dame, Sourbone, Pantheon e Jardin de luxembourg, paisagem totalmente diferente da que vi dez anos antes. O branco predomina. Muito frio. Café e chocolate quente. Depois Torre Eiffel e Centre Pompidou. Fechado. :( Pois é, fecha às 22, mas chegamos as 21h05 e não pudemos entrar.