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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Madonna again


Hoje, pleno domingo terminei o dia em uma festa para a Madonna no club Vegas, aqui pertinho de casa. Nao havia muita gente, o ar condicionado nao estava muito forte e eu suei bicas, mas dancei mais de duas horas sem parar. O que é interessante é ver tanta gente jovem nesses shows. Eu to quase lá perto da idade dela, acompanho seus 25 anos de carreira, mas essa gente toda com uma média de 18, 19 anos, acaba me surpreendendo. Ela foi e é capaz de manter um publico fiel, se atualizar e arregimentar uma nova geração de fans. Parabéns pra ela. Talvez um dos motivos seja que tudo hoje acontece tao rápido, como ela mesmo diz em algumas canções: 'We have 4 minutes to save the world" ou "Tic tac tic tac.. time goes slow for those who wait, no time to hesitate!", e os novos cantores, cantoras e bandas sobem como foguete e descem como estrelas cadentes, sem dar tempo de percebê-los. Então os mais jovens começam a ouvir o que os pais ouvem e gostam. Ontem conheci um garoto de 21 anos que disse gostar da Madonna, ouvir Antena 1 e Alfa FM. Que medo! Eu me sentindo por fora por fazer isso e a nova geração vindo na contra mão. Ouvi dizer hoje que ela talvez venha ao Brasil para shows, um para o aniversario de Brasilia no dia 21 de abril e em Sao Paulo em junho desde ano, e que o Morumbi já está até reservado. Tomara mesmo que ela venha, mas tem que ser no Morumba? Qualquer um sabe que depois que termina o show só da pra voltar pra casa à pé ne? A organização do show, prefeitura, ninguém coloca onibus especial pra levar a galera de volta para os pontos de onibus e metro. Os taxis desaparecem. Não há lugar suficiente para estacionar la perto e mesmo se voce consiga nao tem como sair depois. Então fica aquela confusão, chega a dar desespero depois que termina o show. Voce esquece da vida durante o show e volta pra realidade de forma cruel. Bem, so lembrando. Essa galera de 18, 19 pode nao ser tao exigente assim, mas ela tem muitos fans com mais idade, como eu, que já deixaram de acampar faz um tempão e gosta mesmo é do conforto de um bom hotel quando viajam e de ar condicionado no carro. Então, podiam pensar um pouco neles também né.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

SIMPLESMENTE COMPLICADO


Estava em férias em Londres quando vi o cartaz do filme It’s complicated pelas estações do metro, mas não deu pra ir ao cinema vê-lo. Sabia que viria para o Brasil. Pouco mais de um mês depois, fui ao cinema vê-lo.
Jane, uma mulher divorciada (Maryl Streep) parece ter um bom relacionamento com o ex-marido Jake, (Alec Baldwin). Eles se encontram em festas de amigos em comum e todos comentam que invejam a maneira como se relacionam. Os dois viajam de Los Angeles para Nova York para a formatura do filho e acabam no mesmo hotel. A atual mulhere dele, mais jovem e com um filho de uns seis anos, não pode ir porque o menino pegou uma virose. Acabam se reencontrado no bar do hotel e ..... tendo um affair, voltam e se tornam amantes. Neste ínterim ela conhece Adam, um arquiteto que cuidara da reforma da casa dela (Steve Martin). Como em toda comédia romântica, há idas e vindas, altos e baixos, risadas e lágrimas. Uma hora você acha que ela volta para o ex-marido, de repente ela parece interessada no arquiteto. E no fim ela fica com... bem... melhor não estragar a surpresa.
Há vários momentos parecido ao filme brasileiro Divã com a Lilian Cabral. A cena no analista, a cena deles fumando maconha. E pra dizer a verdade, a Lilian até que merecia um Oscar né? Mas fazer o que? Ela é brasileira e o Oscar foi criado para promover filmes feitos com dinheiro do Tio Sam.
Adoro a Meryl Streep e ela fica bem fazendo qualquer coisa. Então não vou nem dizer nada sobre ela.
Houve um momento no filme que os filhos descobrem o affair e fogem dela pra passar a noite na casa do noivo da filha mais velha. Ela vai para lá e depois de conversarem ela dá um abraço terno nos filhos. A cena me tocou porque não é costume na minha família nos abraçarmos. Há aqueles abraços e beijos quando chegamos ou vamos embora, mas não aqueles abraços espontâneos. Os motivos só vou saber depois de muita análise, mas fica o registro aqui.
Alguém já saiu do cinema e deu de cara com um ex namorado ou namorada ou ex-marido ou ex-esposa acompanhado do ou da atual? Imagine se isso acontecesse depois de assistir ao filme simplesmente complicado? Ai você vai lá, fala com os dois, lembram das viagens que já fizeram juntos, combinam coisas para breve e terminam fazendo super-mercado juntos. Pois eh! aconteceu comigo. Simplesmente complicado.

Um olhar do paraiso (The Lovely Bones)


Alguém viu o filme? Bem Susan Sarandon(a) como a avó modernosa e Rachel Weisz, como a mãe, ja valem a pena. A historia é interessante mas o que impressiona mesmo sao as imagens oniricas, uma coisa meio Salvador Dali no limbo, o local entre o céu e a terra onde Susie Salmon se encontra. No final, quando a irmã dela esta dentro da casa do assassino cria um suspense, meio stress, mas .... dá pra respirar depois. Bem, sem muito a dizer, digo que gostei. Filme pra diversão, mas por que não?????

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Uma Quarta-feira




Domingo passado li na coluna de Daniel Piza, no Estadão que ele estaria lançando seu livro Amazônia de Euclides na Livraria da Vila da alameda Lorena. Uma reportagem sobre a viagem de Euclides da Cunha pelo rio Purus que ele fez em 2009. Ele dizia que a presença de Milton Hatoum, romancista, contista e professor, também a presença do fotografo Tiago Queiroz seriam motivos suficientes para aparecer por lá. Lá fui eu. O que eu não sabia é que Ligia Fagundes Telles estaria lá e fiz questão de cumprimentá-la, ou seja pegar na mão de uma mulher tão importante para a literatura brasileira. Desde que assisti Ciranda de Pedra, a versão antiga com Lucélia Santos, soube de sua existência. Ela conheceu pessoalmente Mario e Oswald de Andrade e participou de debates com eles, faz parte da academia de letras paulista e brasileira. Escreveu vários livros como Ciranda de Pedra, As meninas, Verão no Aquário, sem falar nos contos, antologias e coletâneas. Bem, apesar do atraso, adorei ouvir o Piza e suas aventuras. Ele foi muito simpático ao responder uma pergunta minha e de outras pessoas presentes. Aprendi mais sobre o Euclides e fiquei inspirado a ler sobre ele e suas obras. Mas não posso negar que a surpresa de ter conhecido Ligia Fagundes Telles foi algo que fez desta quarta-feira um dia especial.

A FITA BRANCA


Desde Dogville de Lars Von Trier um filme não mexia tanto comigo. A Fita Branca, amarrada no cabelo da menina ou no braço do menino, ou amarrando as mãos do rapaz para lembrá-los de que eram pecadores, malvados, perversos e de que deveriam se arrepender para receberem o perdão divino, é o título do filme de Michael Haneke. Em preto e branco, mais branco que preto, tortura o espectador como o quarto branco do Big Brother. É verdade. Tudo branco, a neve, as pessoas, a luz, mas é pra fazer jus ao nome. O filme vai passando, e eu sei que para alguns, lentamente, mas segurando o espectador atento para não perder detalhes, que eu infelizmente perdi. Foram muitos crimes e atrocidades cometidos ao longo do filme. Por que aconteceram? Se descobríssemos os culpados no final do filme, talvez descobríssemos a resposta. Assim sendo, será necessário escolher um culpado ou culpados. Se foi o médico e o monstro, digo, a parteira, então o acidente com o médico foi um disfarce ou premeditado apenas por ela. E os outros? Não vejo um motivo plausível. Então eles foram acusados por conveniência. Se foram as crianças, então quais seriam os motivos deles? Não teriam motivos para o primeiro acidente, e os que se sucederam teriam sido por inveja, raiva, extravasar no outro a agressão e raiva contida, imposta pela autoridade (Barão e pastor). O que mais me incomodou? Os castigos brutais? As demonstrações de machismo, preconceitos, abusos verbais, hipocrisia? Ver aquelas pessoas presas a personagens que eram obrigadas a representar umas as outras. Todos fingindo ser alguém que não eram ou obrigados a ser alguém que não queriam ser. Um pastor que não aceitava um não dos filhos, que eram obrigados a concordar com o que ele dizia, fosse verdade ou não. Policiais que gritavam com uma pobre menina indefeza, uma garota que ousou contar ao professor algo que não tinha coragem de contar a mãe ou ao pai, o administrador: “Pare de chorar”, praticamente dizendo que era proibido sonhar. Deixando claro que certos sonhos não se contam. Um médico que abusava da própria filha, que não tinha pra quem gritar, pedir socorro. Então como gritar, defender-se ou revidar? Em crianças menores, o deficiente ou o filho do Barão, colocando fogo no celeiro e criando acidentes. E o que dizer daqueles peões que dependiam da boa vontade paternalista do barão, do próprio médico, do pastor puritano, não foram eles mesmos crianças um dia submetidas ao mesmo tratamento e criação? E quem se atrevesse a gritar, ou cortar repolhos, sofriam represálias. Bem, muitas perguntas sem respostas. A mulher do barão o traiu? O garoto se masturbava? O professor casou-se com a sua amada? Quem foram os verdadeiros assassinos? Mas assim como aqueles crimes deixaram de ser importantes com a chegada de uma guerra de proporção mundial logo em seguida, as respostas deixam de ser importantes porque o processo é mais importante que o produto, os meios mais valiosos que os fins. Então fiquemos sem respostas, mas com muito que pensar. Talvez devêssemos todos nós, usar fitas brancas amarradas nos braços ou cabelos para lembrar-nos de algo: todos somos culpados, malvados e cruéis por natureza.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

SUPERINTERESSANTE




Normalmente trabalho quatro horas nas tardes de sextas-feiras. Hoje passei essas quatro horas em um plenária no anfiteatro da Cultura inglesa em Pinheiros. Depois de ouvir uma palestra com Telma Vinha da Faculdade de Educação - Unicamp sobre Educar para a autonomia e a construção de persnalidade ética, interessante, ouvi uma palestra com com Ségio Gwercman, diretor de redação da revista Super Interessante. Palestra Super interessante.

Na primeira discutimos valores e dever moral. Por que as pessoas seguem valores mesmo que isto signique perdas concretas? Basicamente porque elas tem conhecimento de elementos subjetivos, não concretos como a reação em cadeia, a perda de confiança etc. Autonomia aqui, ao contrário de eteronomia, implica em desenvolvimento cognitivo elevado, vai além do conhecimento concreto do que é considerado certo ou errado pela sociedade ou grupo com quem se convive, é o conhecimento do principio por trás das regras, é saber que a regra torna a convivência pública suave, mesmo quando a maioria não a segue. Autonomia é quando alguém considera além do outro, vive na ação os principios morais.

Na segunda, discutimos as principais mudanças na sociedade e necessidades e atitudes das pessoas através da análise das capas e principais artigos da revista superinteressante nos últimos anos. Como falar com o jovem hoje e manter seu interesse em assuntos atuais e mudar o rumo quando necessário. Manter o radar ligado e o farol aceso, ou seja, captar o que todos estão falando mas dar explicação nova para o que tudo mundo fala. Citando Arthur Shoppenhawer: Pensar o que ninguém pensou sobre algo que todos vêem.

Como fazer isso, é outra história.






terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Claudia Belford e Alvaro Siviero


Cris, amiga de profissão me convidou para o lançamento de um livro. Livraria Cultura, Shopping Bourbon 2/2/2010 19h30. A chuva que caiu às 17 hs e que com cuja aguas me ensopei, quase me fez desistir do programa. Uma hora depois o céu acalmou-se. Fomos. La chegando, nao conheço ninguém. tímido, sem saber com quem falar. Uma taça de vinho branco. Cris ve uma ex-aluna. Oba, alguém pra conversar. Um copo d´água. O aluno da Cris, marido da Claudia chega com tres livros debaixo do braço. Lançamento: Acoeironte, o rio dos infortunios. Seria uma metonímia de Hades, inferno? A loucura do dia à dia. Pessoas com problemas mentais, loucas de paixao e outros motivos. Um pouco de cada um de nós. Bem, nao dava pra chegar perto da escritora, o marido dela ocupado com outros convidados. Papo esgotado entre Cris, eu e a ex-aluna. Hora de ir embora. Eu: Vamos nos despedir dele? Vamos. Ele so conversa em ingles com a Cris e papeamos um pouco. De repente, o homem que conversava com ele, responde em ingles fluente. Apresentações. Meu nome é Alvaro. Nice to meet you. Ah vocês são professores de ingles? Eu dei aula na Cultura Inglesa lá em Higienopolis por uns 2 anos. Olha a coincidencia, eu também. Foi muito tempo atrás, dei um chute em tudo e fui fazer o que eu gosto de verdade. E o que é? Eu sou pianista. Ah, mesmo? Sim, sou concertista, acabei de voltar da Inglaterra. Oras, que coincidência eu também, no dia 19/01. Eu estava lá. E como é o seu nome mesmo? Alvaro Siviero. Que ignorancia, no mundo da musica erudita eu sou um zero à esquerda. Em casa dei um google no nome dele e descobri que o cara é f..... mesmo. Bem, o mais interessante foi que ele disse: It was an honor to meet you! ... Wait a minute, sou eu quem deveria dizer isso certo? Mas enfim, o cara foi pura humildade. A gente ainda vai se ver. Qualquer coisa eu mando um ingresso pra voces verem um concerto meu. A ex aluna da Cris comprou um livro, voltou, o Alvaro se foi e finalmente fomos apresentados para a Claudia Belford (para os desavisados, editora do jornal da Tarde/Estadão). Assinou o livro, papeamos (em ingles) e sai de lá com mais dois novos conhecidos no curriculum. Duas pessoas interessantes. Claudia e Alvaro.