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domingo, 28 de março de 2010

Menas conversa e mais ação







A exposição ‘Menas: O certo do errado, o errado do certo” é mais uma das ótimas exposições feitas no museu da Língua Portuguesa. Chama a atenção para expressões coloquiais, ditas pela população no dia à dia, mas que são consideradas ‘erradas’ pela norma culta.
Uma aula de lingüística mostrando que há variedades dentro de uma única língua. A variante culta é engessada mas a popular é livre e voa como um pássaro.
Entretanto, quanto mais soubermos utilizá-las, maior será o nosso poder de comunicação. Para isso, temos que nos tornar poliglotas dentro do nosso próprio idioma.

Por isso, menas conversa e mais ação. Fica a dica.

PINACOTECA


Coco brasileiro em forma de arte




Terra Papagalli

Você sabia que o Brasil já foi chamado de Terra Papagalli? Trata-se de um mapa de 1525 feito por Waldsmuller. Eu fiquei sabendo hoje no inicio da exposição Coleção Brasiliana Itaú na Pinacoteca em São Paulo. Trata-se de uma coleção feita por Olavo Setubal, presidente do conselho do Banto Itaú.

Além de mapas raros sobre o Brasil, há várias gravuras feitas durante a ocupação dos Holandeses entre 1624 e 1654, gravuras do Rio de Janeiro antes do advento da fotografia, documentos de chefes de estado do Brasil e Santos Dumont, obras originais feitos por artistas como Lazar Segal, Portinari e Marcelo Grassmann para ilustrar livros, e muito mais.

Sempre dá pra aprender algo novo e diferente.

Cats


No sábado, dia 27 assisti ao musical "Cats" no Teatro Abril, em São Paulo. O espetáculo estreou em Londres em 1981 e é o segundo mais visto do mundo. Elenco composto de 38 artistas, inclui Saulo Vasconcelos, Sara Sarres e Paula Lima. Toquinho, além de Aquarela, fez também a adaptação das letras para o português.


"Cats" é baseado em 14 poemas do livro infantil "Old Possum's Book of Practical Cats", publicado em 1939 com poemas e ilustrações do autor americano T.S. Eliot. O musical é ambientado em um beco escuro, a tribo dos Jellicle Cats. Eles reúnem-se para celebrar quem são, quando o líder do grupo,Old Deuteronomy (Saulo Vasconcelos), anuncia qual deles irá para um lugar especial chamado "Heavyside Layer", onde poderá renascer para uma nova vida. Entretanto, Grizabella (Paula Lima), que abandonou os companheiros anos antes para explorar o mundo lá fora, é desprezada por todos. É ela que canta a bela canção “Memory” que foi muito bem vertida para o português.

Apesar de longo e cansativo, (não há falas, apenas música), é um lindo espetáculo com ótimos números de dança e um show de luz.

Hairspray


Assisti na sexta-feira acompanhado de três sobrinhas, minha irmã e cunhado ao musical Hairspray no Teatro Bradesco em São Paulo. Com um elenco formado por 31 atores, entre eles e 12 músicos, inclui os globais Edson Celulari, Danielle Winits e Arlete Salles. Também Jonatas Faro e apresentando Simone Gutierrez no papel da gordinha Tracy Turnblad, que rouba o show. A tradução e direção é de Miguel Falabella, que mandou bem.

Mesmo gordinha, Tracy prova o seu talento e conquista uma vaga fixa de dançarina um programa local de televisão e torna-se uma celebridade. Ela torna-se então uma ameaça Amber Von Tussle,a estrela e filha da produtora do show principalmente ao disputar o mesmo garoto. Tracy ainda vai parar na cadeia ao incentivar uma manifestação contra a segregação racial, seu pai hipoteca a loja para pagar a fiança, sua mãe, deprimida, está desistindo de viver. Mas um bom tubo de laquê dá um jeito em tudo no final. “Hairspray”: irreverente e divertido, um programa para toda a família.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Oiticica, Hélio





Pouco antes de viajar para Londres, vi uma reportagem no Jornal da Globo sobre uma exposição de Helio Oiticica na Tate Modern de Londres e sua importancia. Nunca tinha ouvido falar nele.

Chegando em Londres, ao visitar a galeria lembrei dele. Coincidencia: Havia várias cópias de um livro sobre ele e sua exposição na Tatem, pela bagatela de cinco libras. Comprei um. Tudo em ingles é claro. O Itau Cultural na Paulista está com uma exposição de alguns de seus trabalhos. Lá aprendi palavras novas como Parangolé. Tropicália is the best. Há um trabalho dele exposto no novo Parque Mario Covas na Paulista também. Aproveitei pra conhecer o parque.

O quadro 'seja marginal, seja heroi' pertence a Nelson Mota. É mole não! - Fica o convite.

Celso Cunha versus Bechara


"Fssora. Qual é a melhor gramatica, a do Bechara ou a do Cunha?" Perguntou o aluno de pós-graduação a professora de morfossintaxe. "O Bechara trabalha a dimensão da palavra, o Cunha a dimensão da sintaxe. Os dois são ótimos, apenas usam viéis diferentes."
Ouvi e anoitei. Já tinha a Moderna Gramatica Portuguesa de Evanildo Bechara, que se tudo der certo conhecerei pessoalmente em um congresso de lusofonia na PUC nos dias 29, 30/04 e 01/05/2010, faltava a do Celso Cunha. Depois de procurar em tres grandes lojas encontrei e comprei meu exemplar na loja Martins Fontes, altura do numero 500 na avenida Paulista.
Me identifiquei muito com a maneira dele aduzir a sintaxe e os exemplo de escritores modernos. O melhor é ter os dois e estudar juntos. São dois grandes guardiões dessa lingua bela, flôr do Lácio, por quem cada dia mais me apaixono.
PS. A livraria acima é uma delicia. Parece livraria de verdade, daquelas que a gente ve na Europa. E o café no andar superior é uma delicia também. Fica a dica.

Wallace versus Darwin

Alguém já ouviu falar de Albert Russel Wallace? E de Charles Darwin? Pois o filme Creation, um drama sobre Darwin cita merecidamente a importancia de Wallace que independentemente chegou a mesma conclusão que Charles sobre o processo da evolução das espécies e da seleção natural. Não foi fácil para Darwin 'matar Deus' como muitos disseram. Não foi fácil para mim me separar do meu Deus também. Mas como ele mesmo disse no filme, isso é um processo e chega um momento que não há mais retorno. Adoro filmes bibliográficos. Este é um dos bons.

Direito de amar / A single man

Vale pela fotografia, pelo guarda-roupa, pelo perfeccionismo do diretor Tom Ford e pela atuação de Colin Firth. Julianne Moore forçou um pouco no sotaque britanico, mas ela é tao linda, não da pra reclamar. Filme visto 10 days ago.

O Diario de Anne Frank




Quando saia de Amsterdam em direção a Luxemburgo procurei um livro na estação de trem. Decidi por The diary of a young girl, Anne Frank. Paguei 8.95 euros e comecei a leitura no trem. Enrolei, enrolei mas terminei. Impressinou-me o talento que ela tinha para a escrita. Era seu sonho, um sonho que não se realizou por completo. Depois vi o filme no you-tube. Excellent! Fica a recomendação.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Back to London 1


Vôo JJ 8084 da TAM SP/Londres. Data: 28/12/2009. Encontrei Andréia, colega de trabalho e saímos do aeroporto num vôo direto para Londres às 23:55. Pontualidade Britânica. Vento favorável, o piloto avisou que chegaríamos antes do horário previsto. 30/12/2009, antes do meio-dia, estávamos em solo britânico. Deixamos o calor tropical e chegamos numa Londres gelada, que uma semana antes sofrera a pior nevasca em 115 anos. Mas até a neve havia derretido. Tudo daria certo!Minha segunda viagem para Londres foi no dia 30/12/1998. Depois de 10 dias em Paris. Lá fiquei quase um ano. Voltei em novembro de 1999. Muita coisa continua igual, outras nem tanto. O Big Ben, a Tower Bridge e a Tower of London, os palácios, os parques, as praças, os monumentos, o tube (metro), The Globe, teatro réplica do Shakespeare, ainda estão lá, mas o travel card virou Oyster card, a London Eye, maior roda gigante do mundo agora gira, o projeto Tate Moden saiu do papel e é real, agora tem a Millenium Bridge e tantos outros prédios que não existiam dez anos atrás.Daqui pra frente, não vale a pena contar detalhes de nada nem de tudo, apenas o que, pra mim, foi diferente, divertido, interessante.31/12/09 – As lojas em liquidação total, Total Sale. Rodamos a Oxford Street. Finalmente comprei minha câmera fotográfica Lumix PanasonicDMC-FZ38 com zoom 18. Agora era só começar a fotografar tudo. Fotografei os monumentos e seus detalhes, os pratos de comida indiana, fish & chips, noodles, o lugar onde morei, a neve caindo na virada do ano, e depois todos os museus em Amsterdã e Paris, sim, a Mona Lisa, de pertinho, sem aquele monte de japoneses que invadiam a Europa 10 anos atrás. Então, como estava dizendo, fotografei tuuuudddo. Mas ai, aconteceu algo terrível. Não vou estragar a surpresa... mais pra frente eu conto.

London











01/01/2010 Não começava apenas um novo dia, era o início de um novo ano, de uma nova década e de um novo ciclo em minha vida e na vida de outras pessoas. Foi o dia que escolhi para voltar a Bermondsay, o bairro onde morei. Fiz com Andréia o caminho que fazia quando voltava do trabalho 10 anos atrás. Atravessamos a Tower Bridge à pé, cortei caminho pelo conjunto de prédios de luxo adaptados nos antigos armazéns ao longo do rio Tamisa, até chegar no conjunto de prédios onde morava. Estava tudo lá, do jeito que era 10 anos atrás. Mas não em sua volta. Derrubaram muitos prédios antigos, prédios simples e em seus lugares estão construindo prédios luxuosos e caríssimos. Tirei fotos, pegamos o ônibus e fomos para Greenwhich Park ver o observatório e tirar a famosa foto com um pé de um lado de cada lado da linha do meridiano, depois de esperar na fila por quase uma hora. Coisas de turistas. Fechamos a noite assistindo ao musical Billy Elliot no Victoria Palace. Encontrei Fabio e Adriano que haviam chegado um dia antes, e choramos juntos emocionados pela musica e o talento excepcional do ator mirim.Dias posteriores: Passeio pelo Holland Park, Portobello Road, pubs no Soho e em Liverpool. Visita ao museu do cinema onde vi roupas e mobiliário do filme Harry Potter, entre outros, uma volta na London Eye, literalmente: uma volta, e debaixo de um frio quase insuportável, uma caminhada até Buckingham Palace, passando pelo Parliament Houses, Big Bem, Abadia de Westminster, St James’ Park. Mas a surpresa foi descobrir que o North Gower Hotel, em Euston, onde morei um mês, foi vendido e virou conjunto habitacional. Mas ai, entramos em um restaurante indiano vegetariano e nos acabamos de comer curry e pimenta em tudo.....

Amsterdam







Gatwick airport. O avião saiu as 15h05, chegamos as 17h05. Cidade estava branca de neve. Restaurante La Falote na Roelof Hartstraat 26 foi o ponto alto da noite. Super atendimento pela garçonete Michelle e o cozinheiro, Peter van der Linden. Resto da noite no Red District light e pub jolly joker. Dia seguinte, alimentamos a alma: museu Rijksmuseum, exposição de Raimbrant. Van Gogh museum, suas obras, incluindo um dos girassóis. Passeio de barco pelos canais de Amsterdam no final da tarde. Maravilhoso.Na Central station me separei da Andreia. Ela saiu as 10h27 para Berlin e eu as 10h54 para Luxembourg. A paisagem da janela, linda, branca de neve, voltei ao tempo quando viajei de Paris para Luxembourg, 10 anos antes para o casamento do meu amigo Itamar e Diná. Agora voltava para vê-los. Como estariam?Pensei em meus pais: “Tenho orgulho de ser filhos deles. Trabalharam duro, não me deram tudo o que eu quis, mas o que podiam e sabiam. Sempre quis mais, mas eles não podiam me dar mais. Mas hoje eu estou aqui, em um trem viajando pela Europa.”

Luxemburgo


Itamar me pegou na estação de trem. Dez anos depois e continua o mesmo. Conheci Rebeca, sua filha. Ganhei uma nova sobrinha. Jantar e vinho deliciosos. Fiquei sozinho no antigo apartamento onde moravam. com 2,5 anos e logo a Diná chegou. Rebecca foi para cama as 19hs e então jantamos. Passei o dia seguinte caminhando pelas ruas da cidade, mas estava frio demais e tive que entrar em um bar para tomar chá.

Fiquei surpreso ao ver pessoas fumando no bar. Itamar explicou. Só é proibido fumar entre 11 e 14, hora de almoço e depois das 18 as 20, horário de jantar. Nos outros horários é livre. Ok né? Cada país com suas leis anti-fumo. Passeamos pelo parque, a fonte estava congelada, mas havia gente fazendo corrida. Eles usam uma calça térmica, tipo fuso, ridícula. Depois Itamar me levou ao Art Café na 1ª rue Beaumont place du theatre L-1219 Luxembourg onde tomamos uma sopa. Papo em dia. Dez anos em 10 minutos. Por que não? Acreditem, na era do twitter, tudo é possível. Compramos o jantar: mousse aux cruton de saumon, frois Grass, pan. Ele leu o taro pra mim. Ótimas notícias para os próximos dez anos. Meu futuro está cheio de estrelas. Rz.

O TGV saiu as 10 em ponto e cheguei em Paris as 10h06 com 6 minutos de atraso. Eles pediram mil desculpas pelo alto falante. Eh, lá eles fazem isso!

Paris







Comprei um carte sejour de 6 dias por 28 euros, zonas 1, 2 e 3 e peguei o metro até o hotel Washington na região do Marrais. Estava só e fui até o Centre Pompidou. Cheguei tarde, estava fechado. L Jantava quando Andréia ligou: “cheguei de Berlin!”

Sábado. Ruas brancas de neve. Musée carnavalet (Historia de Paris). Almoço : un assortiment de quatre fromage, pan e soupe à l’oignon. Caminhada : Place de Voges, Bastilha, Catredral de Notre Dame, Sourbone, Pantheon e Jardin de luxembourg, paisagem totalmente diferente da que vi dez anos antes. O branco predomina. Muito frio. Café e chocolate quente. Depois Torre Eiffel e Centre Pompidou. Fechado. :( Pois é, fecha às 22, mas chegamos as 21h05 e não pudemos entrar.

Paris II
















Domingo mudamos de hotel. Hotel Jarry na Garre d’Est. Senti um cheiro forte no banheiro e tive ânsia de vômito. Deixamos as malas e fomos ao Louvre. A Gioconda estava lá para nos recepcionar com seu sorriso enigmático. Não havia a horda de japoneses que vi em 1995, quando a vi pela primeira a vez. Dica: Viaje para Paris em épocas de crise financeira no Japão. Aproveitei, usei e abusei da minha nova câmera com zoom fantástico e ajuste de luminosidade perfeita. Cada detalhe um flash, ou melhor, sem flash! Depois, Arte Greco-romana (Andréia fez grego clássico na USP, agora faz sânscrito).

Hora de almoço: Estava enjoada. Nem terminei a Stella Artois morna. Caminhada pelo jardin de Tuillerie, passeio de bateau Mouche e Torre Eiffel. Topo fechado para reforma. Era meu aniversário. Queria jantar no restaurante da torre, mas não podia nem pensar em comida. Estomago totalmente embrulhado. Fila desorganizada e quase tive um piti lá em cima. Sabe aquele ataque de pânico, você quer sair do lugar e não consegue? Mas mantive a classe.

O ruim mesmo foi acordar a noite para ir ao toillete mais de três vezes. Dia seguinte em Montmartre: Moulin Rouge, Pigalle, Sacre Cour com direito a missa e coral em Frances, place du Tertre, souvenirs e metro até o Musée D’ Orsay. Fechado L. Bus até Champs Élysées, compras na L’Occtitani e Sephorá e muito frio.

Paris III







Terça-feira, finalmente o Musée D’Orsay. Um templo dedicado ao impressionismo Van Gogh, Manet, Renoir, Rodin, Cezanne, e muitos outros. Almoço: stake au poivre e batatas sauté. O estomago gritou. Fomos ao Invalide, Musée de L’Armee e Tombeau de Napoléon. Exposição fantástica sobre as duas grandes gerras. De volta ao Centre Pompidou. Outra surpresa, excepcionalmente fechado para o publico, apenas aberto para convidados. :/ Não foi desta vez. Tudo bem, café cubano, lojinhas e hotel. De madrugada, vomitei tudo o que comi desde que cheguei em Paris. Não sobrou nada pra contar a história.

Madrugamos para ir ao aeroporto. Gelo por todo o caminho. Escorregamos mas chegamos. Surpresa! Vôo cancelado por motivo de greve. Mas ir a França e não ter algum problema por motivo de greve não é uma viagem completa certo? Em 1995 fiquei no TGV 3 horas por causa de greve. Em 1998, e 1999 foram problemas no metro e agora era a torre de comando. Vive la Grève. Mas tivemos sorte lugar no vôo das 15 horas sem garantia. 16hs chegamos em Londres. A vista do avião: tudo branco de neve. No hostel em St Pauls fiquei trancado no quarto e tive que chamar a recepcionista com meu celular para ela vir abrir para mim. Mudei de quarto.

Back to London







Teria a pior surpresa da viagem. Antes de encontrar Andréia comprei um novo cartão SD 4 giga para minha câmera nova. O meu estava lotado com mais de 500 fotos e filmes da viagem desde o primeiro dia de viagem. Aqui estavam as fotos dos primeiros dias em Londres, Amsterdam, Luxembourg e Paris. Encontrei Andréia no metro e seguimos pela Saint Paul´s. Tirei a câmera da bolsinha e tirei fotos da Andréia. Millenium Bridge e o Globe, replica do teatro de Shakespeare. Mais fotos. Seguimos para a Tate Modern. Almoço no restaurante da galeria. Prato legal para comemorar meu aniversario atrasado. Um bom peixe e vinho. Ao levantar, a bolsa com minha câmera caiu e virou sobre a cadeira onde eu estava sentado. Comecei a colocar tudo dentro novamente até me dar conta de que....... o cartão com as fotos não estava lá. Olhei de um lado, embaixo da mesa, nas frestas, tudo quando é lugar e nada, nada, nada.

Seguimos pela galeria, mas não conseguia assimilar que havia perdido o tal cartão. Toda aquela arte moderna e contemporânea, Andy Warhol entre outros e eu só pensava no tal do cartão. Deixei meu telefone no restaurante, no teatro, seguimos pela ponte olhando o chão, voltei a loja, mas nada do cartão. Acabou o meu dia. O jeito foi esquecer. A noite fomos ao Imax Cinema. Já estavam vendendo ingressos para Alice in Wonderland de Tim Burton, para abril. Avatar estava começando. Não havia ingresso. L Resolvemos comprar para outro filme para o sábado, mas para nossa sorte, uma mulher apareceu devolvendo dois ingressos e o cara do caixa, que adora brasileiros vendeu para nós. Conseguimos entrar para assistir Avatar em três dimensões. :)

London again

Sexta no British Museum, o alarme de incêndio disparou. Alarme falso. Voltamos para a Oxford Street. Tudo em super liquidação. Cartão de crédito na mão e depois a gente pensa como pagar. A noite fomos tomar umas no Ku, um bar no Soho, antes de ir para uma balada perto da Toteham Court Road. Na volta, comemos frango frito e batata, super engordurados e hotel.

Sábado de chuva. Fui até o Chelsea para rever a escola onde estudei e restaurante indiano onde trabalhei. Depois fui para Parsons Green para ver a segunda escola, e descobri que o Café Rouge, onde trabalhei, havia fechado. Havia jogo de futebol do Chelsea e as ruas em volta da Earl’s Court estavam todas fechadas e cheia de gente indo para o estádio. A chuva parou. Encontrei Andréia e Carol, amiga brasileira dela em um pub na Trafalgar Square. Caminhamos até Covent Garden. A noite fomos a um pub onde conheci amigos da Carol que trabalham no teatro com ela.

London - fim da viagem







Domingo passamos em Candem Town. Depois o Soho. Andréia comprou um Ukulele para o João. Não sabe o que é? Um violão pequeno de quatro cordas. Regent Street, chá e scones. Segunda andei como louco para comprar o lançamento do DVD Dorian Gray por 9,99. Segui até Liverpool Street e nada. Ai fui até Holborn, na Samsbury e consegui acha-lo. Estação fechada. Ônibus e metro até Leicester Square. Encontrei Andréia, National Galery. Almoço e nos separamos. Fui até o Soho, vi lojas, tomei café e só depois segui ao hostel. Aeroporto de Heathrow, check-in, peguei o dinheiro de imposto da minha câmera, comprei bebida e entramos na aeronave que estava lotada. O avião saiu com meia hora de atraso, jantamos e assisti Little Miss Sunshine. Não dormi muito bem por causa de turbulência. Eu e Andréia viemos em assentos separados.

Fim de uma viagem. Fim de um ciclo. Inicio de uma grande amizade com Andréia. Inicio de uma série de coisas. Inicio de um novo ciclo.

domingo, 7 de março de 2010

2010 Novo ano, nova década, nova era







01/01/2010 Não começava apenas um novo dia, era o início de um novo ano, de uma nova década e de um novo ciclo em minha vida e na vida de outras pessoas. Foi o dia que escolhi para voltar a Bermondsay, o bairro onde morei. Fiz com Andréia o caminho que fazia quando voltava do trabalho 10 anos atrás. Atravessamos a Tower Bridge à pé, cortei caminho pelo conjunto de prédios de luxo adaptados nos antigos armazéns ao longo do rio Tamisa, até chegar no conjunto de prédios onde morava. Estava tudo lá, do jeito que era 10 anos atrás. Mas não em sua volta. Derrubaram muitos prédios antigos, prédios simples e em seus lugares estão construindo prédios luxuosos e caríssimos. Tirei fotos, pegamos o ônibus e fomos para Greenwhich Park ver o observatório e tirar a famosa foto com um pé de um lado de cada lado da linha do meridiano, depois de esperar na fila por quase uma hora. Coisas de turistas. Fechamos a noite assistindo ao musical Billy Elliot no Victoria Palace. Encontrei Fabio e Adriano que haviam chegado um dia antes, e choramos juntos emocionados pela musica e o talento excepcional do ator mirim.

Dias posteriores: Passeio pelo Holland Park, Portobello Road, pubs no Soho e em Liverpool. Visita ao museu do cinema onde vi roupas e mobiliário do filme Harry Potter, entre outros, uma volta na London Eye, literalmente: uma volta, e debaixo de um frio quase insuportável, uma caminhada até Buckingham Palace, passando pelo Parliament Houses, Big Bem, Abadia de Westminster, St James’ Park. Mas a surpresa foi descobrir que o North Gower Hotel, em Euston, onde morei um mês, foi vendido e virou conjunto habitacional. Mas ai, entramos em um restaurante indiano vegetariano e nos acabamos de comer curry e pimenta em tudo.....

Londres Dez 2009







Vôo JJ 8084 da TAM SP/Londres. Data: 28/12/2009. Encontrei Andréia, colega de trabalho e saímos do aeroporto num vôo direto para Londres às 23:55. Pontualidade Britânica. Vento favorável, o piloto avisou que chegaríamos antes do horário previsto. 30/12/2009, antes do meio-dia, estávamos em solo britânico. Deixamos o calor tropical e chegamos numa Londres gelada, que uma semana antes sofrera a pior nevasca em 115 anos. Mas até a neve havia derretido. Tudo daria certo!

Minha segunda viagem para Londres foi no dia 30/12/1998. Depois de 10 dias em Paris. Lá fiquei quase um ano. Voltei em novembro de 1999. Muita coisa continua igual, outras nem tanto. O Big Ben, a Tower Bridge e a Tower of London, os palácios, os parques, as praças, os monumentos, o tube (metro), The Globe, teatro réplica do Shakespeare, ainda estão lá, mas o travel card virou Oyster card, a London Eye, maior roda gigante do mundo agora gira, o projeto Tate Moden saiu do papel e é real, agora tem a Millenium Bridge e tantos outros prédios que não existiam dez anos atrás.

Daqui pra frente, não vale a pena contar detalhes de nada nem de tudo, apenas o que, pra mim, foi diferente, divertido, interessante.

31/12/09 – As lojas em liquidação total, Total Sale. Rodamos a Oxford Street. Finalmente comprei minha câmera fotográfica Lumix PanasonicDMC-FZ38 com zoom 18. Agora era só começar a fotografar tudo. Fotografei os monumentos e seus detalhes, os pratos de comida indiana, fish & chips, noodles, o lugar onde morei, a neve caindo na virada do ano, e depois todos os museus em Amsterdã e Paris, sim, a Mona Lisa, de pertinho, sem aquele monte de japoneses que invadiam a Europa 10 anos atrás. Então, como estava dizendo, fotografei tuuuudddo. Mas ai, aconteceu algo terrível. Não vou estragar a surpresa... mais pra frente eu conto.

Postar ou não postar?

Ontem em um jantar alguém perguntou se não havia colocado nada no Blog sobre minha viagem em dezembro e janeiro para a Europa. Verdade. Não postei. Nadinha. Mas não é porque foi uma viagem sem importância, pelo contrario, foi uma viagem muito importante. Daquelas que a gente volta pra ver se ainda tem rastros, ou se foram todos apagados. Se alguma semente plantada brotou, virou arvore e deu frutos. Se outras que já estavam lá foram cortadas. Foi uma viagem para fechar um ciclo e abrir outro. Talvez por isso não escrevi ainda, porque não organizei todas as idéias. Ainda não parei pra pensar direito em tudo o que aconteceu. Mas vou tentar de hoje em diante dizer alguma coisa. Promessa.

DIA INTERNACIONAL DA MULHER 2


Um dia antes do dia internacional da mulher, só se ouve falar nisso. Ouvi na TV, li no jornal. O suplemento feminino do Estadão veio com o tema: Elas por eles. Depoimentos de Nelson Motta, Paulo Serafini, especialista em infertilidade da mulher, J. R. Duran, que já fotografou muita beldade, Rai e Manoel Carlos.


Pensei nas mulheres que passaram pela minha vida e as que estão presentes e tentei lembrar de alguns nomes. Ai vão alguns: Maria, minha mãe, Elza, Rita e Silva, minhas irmãs, Renata, Bruna, Camila, Marcella, Victoria, minhas sobrinhas, Tia Celia, Clair, Maria, Zumira, Nadir, todas tias, Esmeralda, Idalina, Marcia, as primas, Vania, Izilda, Katia, Esmeralda, Margarete, Rosa, Irene, Rosana, Rosangela, Debora, Rosana de novo, paqueras e namoradas, Tilico, Melinda, Diana, paqueras em outros países, Adriana, Tula, mulheres dos meus primos, Aieska, Bella, Daya, Marcela, Isa, Sabrina, Andreia, Patricia, Cris, Juliana, Mariana, Mariane, Miriam, Luciana, Eunice, Angela, Bia, Adriana, Andrea, Didi, Josy,Vera, Marli, amigas de trabalho, de contato, de bate-papo.


Sao mulheres que estão ai, lutando para criar os filhos, os netos, trabalharem dentro e fora de casa. Paradoxos: felizes e tristes pela condição de serem mulheres, gratas e ingratas, sorridentes e chorosas, lentas e rapidas, entorpecidas e alertas, silenciosas e ruidosas, medrosas e corajosas. Indignadas se ignoradas não percebem que é impossível ignorá-las, pois estão aqui, ai, ali, lá, em todo lugar.


DIA INTERNACIONAL DA MULHER 1


No dia internacional da mulher, meus parabéns especial para Hebe Camargo. Ela faz 81 anos nesta data 08/03/2010. Ela entra em nossas casas todos os dias, sempre rindo, feliz, e fazendo muitas outras mulheres se distrairem. Queria escrever a biografia dela. Imagino quanto de historia ela deve ter para contar. Ainda por cima um cancer, tratamento e tudo o mais nesta altura do campeonato. O programa dela volta ao ar amanhã, segunda-feira com vários convidados. Até Roberto Carlos gravou um testemunho para ela. Vou dar uma espiadinha. Quero ve-la rindo largamente, cruzando as pernas, se atrapalhando, enfim, sendo ela mesmo. Parabéns Hebe.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Quatro Curtas

Novo Ensaio de Nicole Kidman


Na minha opinião, uma das mulheres mais lindas do mundo atualmente. Fez um ensaio para a Vogue Italiana, fotos em preto e branco sensuais. Em uma delas, seio a mostra. Quando chega aqui no Brasil? Beleza é para ser admirada.

Adeus José Mindlin

José Ephin Mindlin era um bibliófilo, colecionador de livros raros, denominava-se guardião dos livros. Dou sua coleção de livros raros, iniciado aos 13 anos, para a Biblioteca Brasiliana, USP. Morreu aos 96 anos no dia 28/2. Os livros estão sendo digitalizados e estarão disponíveis na internet de graça. Frase dele ao ser eleito membro da academia brasileira de letras: “Eu trocaria a imortalidade por 10 anos a mais de vida. Para poder ler mais.”

Chuvarada e nevasca - Culpa de quem?

Meteram o porrete na prefeitura e governo por causa das chuvaradas em São Paulo em dezembro. Ai colocou-se a culpa no lixo, e por conseqüência, no povo mal educado. Até concordo que cada um tem a sua parcela de culpa, mas e São Pedro? Depois das enchentes em Buenos Ayres e ontem a tempestade que assolou parte da Europa, de Portugal, Espanha, França, Holanda e de toda a nevasca na Europa no ano passado, fica a pergunta. Será que é só culpa do governo e nossa? Terão coragem de usar isso nas campanhas eleitorais? Fiquem de olho, ou melhor, de orelha em pé.

Rio 445 anos

Rio de Janeiro 445 anos. Sou paulista, mas adoro o Rio. Claro que estou falando da zona sul. Acho uma das cidades mais lindas do mundo. A natureza caprichou por lá. Montanhas de granito escuro, mar verde esmeralda, areias brancas como a neve, calor e verde. Se não bastasse, o calor humano, a musica, o carnaval, a sensualidade, o desprendimento e desconstração, e tudo o que a gente gostaria de ter e ser, mas não temos nem somos em São Paulo. Parabéns Rio. Você é linda! Problemas tem, mas não quero falar sobre isso. Hoje.