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segunda-feira, 16 de novembro de 2009


É domingo, 15 de novembro, feriado, mas domingo. Amanhece chovendo. Levantei as 7 da manhã, o mesmo horário dos dias semanais. Eu sei, mas eu sou assim. Até tento ficar na cama, mas a cabeça esta nas mil coisas que quero fazer. Lavei roupa. A máquina é barulhenta, mas acho que os vizinhos não ouviram nada. Preparei aulas até umas 10 horas. Página virada. Que alívio. Desço para a academia do prédio. Que maravilha, vazia, posso fazer esteira tranqüilo. Durou 5 minutos. Apareceu alguém. Fiz os 30 min. que tenho direito e depois um pouco de musculação. Pouco depois do meio dia e um banho relaxante, deu vontade de comer macarrão com molho de salsicha. Adoooro! Muita cebola frita no molho. Uma cerveja preta e pouco depois da uma já estava na cama. Céu nublado, sol, nublado de novo, mas a chuva parou. Dormi umas duas horas. 3h30 e a expectativa de um encontro mais tarde. Não ia ficar esperando 4 horas sem fazer nada. Recado na secretária. “Eu e o Clau estamos no Frei, vamos ver 2012 O Fim do Mundo.” Até tava á fim de ver, acho que é uma bobagem, mas é pra divertir mesmo, esquecer dos problemas. É, fim do mundo pra mim é bobagem! Não acredito em nada disso, ouço falar em fim do mundo desde que nasci e já vivi em função disso. Agora vivo cada dia, e hoje é domingo, feriado, e dás 15h30 até a meia noite daria pra fazer muita coisa. “Filme acaba as 18, depois vamos encontrar o Re e o Guto. Venha se juntar a nós!” Mas o filme já havia começado, então vou lá e resolvo o que faço. Subi de elevador e as 16 iria começar 500 Dias com Ela. Não tinha ouvido falar, li a sinopse, acabava as 18, então era perfeito. Entrei, comprei um café para viagem e tomei sentado na poltrona do cinema. Comédia romântica, me fez rir e chorar. Deliciosamente inteligente e ‘cool’. Final do filme mostra o nome do tradutor: Sérgio Gabriel. Que surpresa, já trabalhei com ele! Luzes acesas, um senhor de uns 70 anos sentado à minha direita olhou pra mim e diz: “Existe vida inteligente na terra!” Acho que ele fez um elogio ao filme, mas hoje não tava a fim de papo. Liguei pra confirmar o encontro. Resposta: “To voltanto do volley agora. Nem cheguei em casa ainda, depois te ligo!” Encontrei o Cla e o Ric por acaso, sem precisar ligar. Comprei o Estadão, a Veja e minha coleção de facículos museus do mundo. Sentamos pra tomar café e logo chegou o Re e o Gu. Papo em dia. Cla e Ri venderam o apartamento, já compraram outro. Faturaram 70mil em menos de um ano. É o boom imobiliário em São Paulo. Em pleno ano de crise. Crise? Até a Madonna veio buscar dinheiro aqui!!!! Confirmado o encontro. Volto pra casa. Tim dom! Pizza e sorvete. Muitos abraços e beijos. Falei um pouco, ouvi um pouco. Foi bom pros dois. Um cigarro na sacada. Tchau. Tenho que trabalhar amanhã cedo. Sentei pra ler o jornal antes que terminasse o domingo. Ler jornal de domingo na segunda não tem graça. Artigo sobre o caso Geisa da Uniban, que rima com Taleban, me fez pensar. Sou conservador. É isso ai, um retrógado conservador da classe média. Não fiquei do lado dos alunos, houve excesso. Mas houve excesso da parte dela também. Lendo o artigo descobri que sou produto da classe média do ABC que lutou contra a ditadura, ascendeu socialmente, mas mantém-se conservadora nos costumes e valores. Sai de lá e vim para a Augusta pra fugir disso e me sinto envergonhado de ter trazido tais valores no caminhão de mudança. Bem, entendam, leva tempo pra tirar marcas profundas do corpo, e da mente: um pouco mais! Mas estou no caminho! Consegui terminar o jornal um pouco depois da meia noite. Já estou na cama. Ainda deu tempo de escrever este texto antes de dormir. Voltou a chover. O domingo, também feriado, começou e terminou com chuva. Um domingo igual a tantos domingos, domingo e feriado, mas ... diferente!

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