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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Memoria de Brideshead - Brideshead Revisited




Por volta de 1986, quando morava em Tatuí, SP eu assisti na TV Cultura a mini-série Retorno a Brideshead, (Brideshead Revisited) feito em 1981 pela British television serial. Foi baseado no romance de Evelyn Waugh e está na lista dos 100 melhores programas de televisão do Reino Unido. No elenco estavam Jeremy Irons (Charles), Anthony Andrews (Sebastian) e Diana Quick.
Nos anos 20, Charles, um jovem da classe média faz amizade com o aristocrata Sebastian em Oxford. Ele passa a freqüentar sua casa e família, uma rica mansão, Brideshead. A amizade entre os dois é mais do que uma amizade, mas Charles apaixona-se pela irmã de Sebastian e aquele amor transforma-se em algo ruim.
Nesta época, Itamar, um amigo e confidente me emprestou o livro que acabara de ler. O que mais surpreendia era o fato dos dois personagens principais serem apaixonados um pelo outro. Foi então que eu descobri que isto era possível. Não vi conotação homossexual naquela amizade. Um homem poderia amar um outro, amor de amigo, amor de irmão. Foi uma época marcante por todas as descobertas feitas.

Domingo, antes de assitir ao filme Mére et filles no cinema fui surpreendido com o trailler do filme. Fazendo pesquisa na internet descobri que o filme é de 2008 e fiquei surpreso que só agora passará no Brasil. Na nova versão, Emma Thompson, é Lady Marchmain, Matthew Goode faz Charles Ryder e Bem Whishaw faz Sebastian Flyte.

Será inevitável comparar o filme a mini-série. Segundo uma crítica de A. O. Scott do The New York Times, ele é mais curto e menos fiel ao livro de Waugh. É entediante, confuso e banal. Aparentemente os roteiristas Davies and Brock, tirou do filme o que havia de melhor, ou seja, as idéias provocativas. A longa experiência dos católicos ingleses como minoria, a gradação sutil de classes no sistema universitário britânico, os tabus e normas sexuais que governa a vida dos jovens adultos, é o que faz de Brideshead Revisited algo vivo e respirar como um romance. Mas nada disso é registrado com força no filme.” Roger Ebert do Chicago Sun-Times disse que embora fora montado elegantemente e muito bem interpretado, o filme não se compara ao seriado da TV, em parte por que a historia teve que ser comprimida devido ao tempo menor do filme. Mark Olsen do Los Angeles Time disse que a força do filme está na historia do autor e não no roteiro do filme. Os roteiristas apimentaram a amizade entre Charles e Sebastian dando um tom maior de conotação homossexual nela, algo mais aceitável hoje em dia.

Senti isso no trailler e provavelmente sentirei a força da mini-série frente ao filme que deve estrear em breve no Espaço Unibanco de cinema da Rua Augusta. Mas vou conferir. Talvez fique animado a procurar o DVD da mini-série ou quem sabe reler o livro de Waugh.

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá, escrevo sem saber se vai, será? A série alguém gravou e tenho em vídeo. Ontem vi o filme e fiquei hirta - como podem querer filmar sobre uma série devastadoramente perfeita, não? Confesso que nunca li o romance, apesar de amar Evelyn Waugh!
Grata, um abraço!

Anônimo disse...

Olá! Vc sabe onde consigo o seriado, mesmo em videocassete? Estou procurando há dias e nada.Obrigado rtufik@yahoo.com

Unknown disse...

Vi nos anos 80 mas não entendia muito bem ,mas achava os diálogos interessantes,mas só recentemente entendi a história e que se situa entre guerras e Rider vira capitão e volta a casa antiga que na altura já é uma casa militar ,porém ele lembra em flaschs as coisas..