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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O que há em um nome?

Depois de um ano sem contato, finalmente falei pelo MSN com Guilherme. Conheci Guilherme (foi assim que me apresentaram a ele) no Rio através de um amigo de Maceió em fevereiro de 2000. Algum tempo depois descobri que o nome dele oficial, no registro, no RG etc, era Perivaldo. Não questionei mas achei estranho e meio que entendi seus motivos. Por que ele escolheu o nome Guilherme? Guilherme quer dizer homem que se orgulha da sua força (física, mental ou moral) e se vale dela para auxiliar a pessoas de quem gosta, mas acho mesmo que ele o escolheu pela sonoridade. Quando a gente nasce, não escolhemos nossos nomes, mas vamos usá-lo pelo resto da vida, goste ou não. Alguns pais tem criatividade fértil, mas, não levam em consideração os traumas que possivelmente causarão a seus filhos. Mas aí o tal amigo Guilherme aparece no MSN com o nome de Bruno. É, agora ele é o Bruno. Quando ele se mudou para os EUA em 2004 ele adotou este nome e é assim que tem se apresentado para todos lá. Então me lembrei de uma outra pessoa com quem trabalhei. Rubens. Eu era encarregado dele. Ele era baixo, magro, cabelos negros, rosto de menino, não o levavam muito a sério. Sempre o chamei assim, Rubens, afinal este era o nome dele no registro, o nome escolhido por seus pais. Eu sai da empresa e mais tarde o Rubens também. Tempos depois, nos reencontramos, por acaso e fiquei surpreso com as mudanças. Ele estava mais gordo, usava roupas moderninhas, um pouco over, cabelos ralos mas longos. Agora chamava-se Sam. Sam? Por que Sam? Sei lá, escolhi este nome aleatoriamente. Mas eu não vou conseguir te chamar de Sam. Faz um esforço, não sou mais o Rubens, sou o Sam, Sam Gjesdal. Não acreditei, acontece que o tal do Sam Gjesdal existe. Ele trabalhava conosco na mesma empresa, era americano, filhos de noruegueses. Era alto, olhos azuis, o típico americano. Ele voltou para os Estados Unidos e o Rubens apoderou-se do nome dele. Apoderou-se, pois não creio que ele tenha pedido permissão para isso. Posso imaginar mil razões para seus motivos, mas prefiro não bancar o analista. Dez anos depois ele ainda é o Sam. Eu, pessoalmente, não gostava do meu nome quando no primário, queria me chamar Washington Luiz. Bobagem, coisas de criança. Hoje Luiz soa maravilhoso. Nome brasileiro, simples, sem pompa. Gosto de nomes como Joaquim, Pedro, Renato, Marcos, Claudio, Carlos, João, José, e os nomes femininos como Maria, Ana, Roberta entre outros. Pra que inventar? Pra que complicar? Pra que mudar de nome? Sei lá, se tem um nome estranho, cria um apelido. Se os pais inventam nomes esdrúxulos, supere a criatividade deles inventando um apelido! Afinal Aparecida vira Cida, José vira Zé, Perivaldo poderia ser Peri ou Valdo, mas mudar de nome? Ai o Bruno, quero dizer, o Guilherme que na verdade se chama Perivaldo, me disse que se casou com uma americana, conseguiu o green card e ela está grávida. Ele será papai. Esqueci de perguntar pra ele que nome ele vai dar ao filho!

2 comentários:

Anônimo disse...

Aqui fala o verdadeiro Sam Gjesdal. Quem está usando meu nome? E por quê?

Anônimo disse...

O que quer dizer "típico americano"?