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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Mar Adentro


Viver sem poder usufruir a vida? Viver por viver ou morrer com dignidade? São perguntas feitas pelo personagem vivido por Javier Bardem no filme Mar Adentro. Preso em uma cama, paraplégico,por 28 anos depois de um acidente no mar, ele quer morrer dignamente. Pede permissão para eutanásia às autoridades espanholas sem sucesso. Então com a ajuda dos amigos, encontra uma solução. Abaixo, as palavras finais do personagem:

Mar adentro, mar adentro. Y en la ingravedad del fondo, donde se cumplen los sueños, se juntan dos voluntades para cumprir um deseo. Tu mirada e mi mirada como um eco, repitiendo, sin palabras: más adentro, más adentro. Hasta más allá del todo, por la sangre y por los huesos. Pero me dispierto sempre, y siempre quiero estar muerto para seguir com mi boca enredada en tus cabellos.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Gata em Teto de Zinco Quente


Cat on a Hot Tin Roof é originalmente uma peça do dramaturgo americano Tennenssee Williams, vencedora do prêmio Pulitzer. Big Daddy não sabe mas está para morrer e único que não quer esconder isso dele é o filho mais novo, Brick (Paul Newman). Brick é um antigo atleta de futebol americano, agora alcóolatra, que rejeita sua bela esposa, a gata Maggie (Elizabeth Taylor). Ele acha que ela o traiu com seu melhor amigo e que ele se suicidou por causa dele. O irmão de Brick e sua esposa querem a maior parte da herança do pai moribundo. O aniversário do velho torna-se um dia que ninguém vai esquercer. Nesse dia, segredos serão desenterrados e verdades serão ditas, entre todos os membros da família. Muita tensão nos diálogos e nas relações interpessoais. E para mim, muita emoção para um final de dia.... ou começo de sábado.

Notas sobre um escandalo



Interrompo a leitura e me junto ao Rodrigo para assistir Notas sobre um escandalo (Notes on a Scandal) com Judi Dench e Cate Blanchett. É! de novo, em menos de uma semana. O filme é bom deeeemmmais.... e vou ver novamente. Barbara (Judi) é uma professora que comanda sua sala de aula com mão de ferro, mas leva uma vida solitária fora da escola. Conhece a nova e radiante professora de artes Sheba Hart (Cate). Pensa ter encontrado sua alma gêmea, até que descobre que Sheba está tendo um caso com um aluno de 15 anos. Seu ciúmes e raiva ficam fora de controle. Os ingredientes do filme: desejo, cobiça, inveja, segrdos, mentiras, traição.
Mal começamos a assistir o Junior volta depois de ter tido sua conversa com ‘V’. Pausa no filme: “E ai, como foi?” Com os olhos cheio de lágrimas ele diz: “Esta tudo acabado!” – Foi triste ver aquele homem forte fisicamente desmanchar-se em lágrimas. Foi então que eu literalmente entendi a expressão em inglês ‘A shoulder to cry on’. Demos a ele a oportunidade de chorar, porque chorar faz bem e não é vergonha pra ninguém. Ele deitou-se no sofá, encolhido como um bebê, entre eu e Rodrigo, porque o que ele precisava naquele momento era sentir que não estava só. E assistimos ao filme que mostra como a paixão está acima da razão.
Como pode uma professora apaixonar-se perdidamente por um garoto de 15 anos? Sim, é possível, é inconseqüente, mas acontece. Quando tudo vem à tona e acaba o rapaz simplesmente diz: “Eu não posso ajudá-la. Era pra ser divertido. Agora ficou sério!” – Ela vai embora chorar e esperar seu julgamento e sua sentença.

O pequeno Nicolas


Depois de tanta carga emocional, tínhamos o direito de nos divertir. Encontramos o Ernesto para um café na livraria Cultura do Conjunto Nacional e depois pegamos um cinema. Filme: Le Petit Nicolas.
Inspirado na obra homônima de Jean-Jacques Sempé e René Goscinny, O Pequeno Nicolau trata do universo e dos medos infantis, resultantes da escuta de conversas entre adultos. Nicolau entende errado uma conversa entre seus pais, o que o leva a crer que uma irmãozinho está a caminho e que assim que o mesmo nascer, ele será abandonado pelos pais. Apesar de algumas criticas negativas achei muito divertido. (http://www.cinepop.com.br/criticas/pequenonicolau_101.htm) No elenco estão Kad Merad e Valérie Lemercier.
Uma comedia que nos fez rir, esquecer o lado cinza da vida, simplista, talvez boba, mas que nos faz ver como somos enganamos pelo que vemos ou ouvimos, ou pensamos ver ou ouvir. Criamos fantasias, sonhamos com coisas impossíveis e tomamos decisões baseadas nelas e deixamos de viver nossa realidade e aproveitar toda a felicidade possível a nossa volta.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Patrik 1.5 - filme sueco



Sessão de domingo: Sven Skoogh (Torkel Petersson) e Göran Skoogh (Gustaf Skarsgård) mudam-se para uma casa num subúrbio residencial em algum lugar da Suécia. O casal quer adotar um garoto de 1.5 anos de idade. Apenas aguardam o sinal verde do serviço social.
Neste ínterim conhecem os vizinhos, pessoas ‘normais’ que ainda se espantam com o fato dos dois homens serem um casal. Algum tempo depois, recebem uma carta confirmando que foram aprovados para adotar Patrik (Thomas Ljungman). Entretanto, para surpresa do casal o garoto não tem 1.5 mas 15 anos de idade. Pior: tem uma ficha criminal respeitosa, fuma e bebe.
Patrick nunca conheceu o pai e perdeu a mãe aos cinco anos de idade. A tia, única parente prometeu soltar os cachorros encima dele se ele aparecesse por lá. Foi criado em um orfanato para onde não pretende voltar. Para piorar a situação ele é homofóbico.
O filme foi adaptado de uma peça de Michael Druker. Em alguns momentos é um pouco piegas, um “tearjerker”, em outros tira algumas gargalhadas. A surpresa, pelo menos para mim, fica no fato de que num país tão avançado quanto a Suécia, ainda há preconceito. As famílias ‘normais’, vizinhos deles, vão mostrando aos poucos que ninguém é normal e que o importante é todos buscarem se entender e ser feliz.
Recomendo.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pecado da Carne - Eyes :Wide Open


Bem a unica coisa que justifica a tradução do titulo em português é o fato do cara no filme ser dono de um açougue. E o pecado fica por conta da cabeça alheia, da cultura cristã carregada de culpa e remorso. O que há ali é um mundo de gente xereta com regras rígidas num bairro ortodoxo de Jerusalém que torna a descoberta do amor de Aroon pelo recém-chegado Ezri impossivel de ser explorada. O cara estava morto e ressuscitou, mas ele já tinha uma vida antes disso tudo acontecer e agora ele teria que fazer uma escolha. A metáfora no final diz tudo. Se quizer saber o que é, va ao cinema e assista. Mas não vá de olhos bem abertos (eyes wide open) vá com a cabeça bem aberta. Não é um filme para qualquer um.

domingo, 11 de abril de 2010

Desejo e Poder - Brideshead revisited

Desejo e Poder foi uma tradução para chamar público aos cinemas brasileiros. Talvez para lembrar Desejo e Reparação, filme que trata da mesma temática, ou seja, o esnobismo da classe alta inglesa à classe média, o catolcismo e sua culpa. Assisti e me emocionei. Mas foi mais com a lembranças dos passado e a identificação com alguns dos personagens. Sem detalhes. Não esperava muito do filme, mas gostei. Dentro do tempo possivel, a mensagem foi passada. Fica a dica para a leitura do livro.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A FITA BRANCA


Desde Dogville de Lars Von Trier um filme não mexia tanto comigo. A Fita Branca, amarrada no cabelo da menina ou no braço do menino, ou amarrando as mãos do rapaz para lembrá-los de que eram pecadores, malvados, perversos e de que deveriam se arrepender para receberem o perdão divino, é o título do filme de Michael Haneke. Em preto e branco, mais branco que preto, tortura o espectador como o quarto branco do Big Brother. É verdade. Tudo branco, a neve, as pessoas, a luz, mas é pra fazer jus ao nome. O filme vai passando, e eu sei que para alguns, lentamente, mas segurando o espectador atento para não perder detalhes, que eu infelizmente perdi. Foram muitos crimes e atrocidades cometidos ao longo do filme. Por que aconteceram? Se descobríssemos os culpados no final do filme, talvez descobríssemos a resposta. Assim sendo, será necessário escolher um culpado ou culpados. Se foi o médico e o monstro, digo, a parteira, então o acidente com o médico foi um disfarce ou premeditado apenas por ela. E os outros? Não vejo um motivo plausível. Então eles foram acusados por conveniência. Se foram as crianças, então quais seriam os motivos deles? Não teriam motivos para o primeiro acidente, e os que se sucederam teriam sido por inveja, raiva, extravasar no outro a agressão e raiva contida, imposta pela autoridade (Barão e pastor). O que mais me incomodou? Os castigos brutais? As demonstrações de machismo, preconceitos, abusos verbais, hipocrisia? Ver aquelas pessoas presas a personagens que eram obrigadas a representar umas as outras. Todos fingindo ser alguém que não eram ou obrigados a ser alguém que não queriam ser. Um pastor que não aceitava um não dos filhos, que eram obrigados a concordar com o que ele dizia, fosse verdade ou não. Policiais que gritavam com uma pobre menina indefeza, uma garota que ousou contar ao professor algo que não tinha coragem de contar a mãe ou ao pai, o administrador: “Pare de chorar”, praticamente dizendo que era proibido sonhar. Deixando claro que certos sonhos não se contam. Um médico que abusava da própria filha, que não tinha pra quem gritar, pedir socorro. Então como gritar, defender-se ou revidar? Em crianças menores, o deficiente ou o filho do Barão, colocando fogo no celeiro e criando acidentes. E o que dizer daqueles peões que dependiam da boa vontade paternalista do barão, do próprio médico, do pastor puritano, não foram eles mesmos crianças um dia submetidas ao mesmo tratamento e criação? E quem se atrevesse a gritar, ou cortar repolhos, sofriam represálias. Bem, muitas perguntas sem respostas. A mulher do barão o traiu? O garoto se masturbava? O professor casou-se com a sua amada? Quem foram os verdadeiros assassinos? Mas assim como aqueles crimes deixaram de ser importantes com a chegada de uma guerra de proporção mundial logo em seguida, as respostas deixam de ser importantes porque o processo é mais importante que o produto, os meios mais valiosos que os fins. Então fiquemos sem respostas, mas com muito que pensar. Talvez devêssemos todos nós, usar fitas brancas amarradas nos braços ou cabelos para lembrar-nos de algo: todos somos culpados, malvados e cruéis por natureza.