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sexta-feira, 10 de julho de 2009

Michael Jackson and Me


Michael Jackson, era mais do que o ‘rei do pop’ para mim. Ao saber que morrera, senti que quem morria era aquele amigo que cresceu comigo, embora distante. O menino Michael cantava: ‘Ben, the two of us need to look no more. We both found what we were looking for. With a friend to call my own, I’ll never be alone, and you, my friend will see you’ve got a friend in me.” e eu entendia sem saber ingles.
Ele nasceu em 1958, eu em 1962. Sua familia era Jehovah Witness, a minha também. Ele tinha um pai metalúrgico. Ops, o meu também. O pai era muito rígido, o meu nem se fala. Ele disse para a Ophra que se sentia só e chorava de solidão. Que coincidência! Em algum momento de sua vida, fomos da mesma cor.

Em 1975, com 13 anos me apaixonei pela primeira vez. Eu ouvia ele cantar: “One day in your life, You’ll remember the love you found here. You’ll remember me somehow, though you don’t need me now, I will stay in your heart.” Quando eu me sentia só, ele cantava: “.. you are not alone. I am here with you, though you’re far away, I am here to stay.”

Em 1982, quando eu pensei que minha vida era puro tédio, ele voltou me animando: “Cause this is thriller, thriller night, and no one’s gonna save you from the beast about to strike”. Ai eu descobri que eu era ‘bad’ mas ele era mais e fez questão de dizer: “But my friend you have seen nothing, just wait til I get through, because I’m bad, I’m bad. Come on. Bad bad-really, really bad. You know it!” Não dava pra competir com o cara, o jeito era aceitar. Em 1984 quando cantou junto com 44 estrelas ‘We are the world” para arrecadar dinheiro para US for África, por razões de caridade, eu trabalhava como voluntário para uma organização religiosa no interior de São Paulo.

Em 1993 ele veio ao Brasil. Eu já tinha 31 morava no interior, era meio bitolado e acabei não vindo a São Paulo por achar o show ‘Dangerous’. Perdi a oportunidade de vê-lo de perto! Michael, como eu, não queria crescer. Crescer dói. Era um eterno ‘menor’ de idade que buscava refúgio em ‘Neverland’, como Peter Pan, longe de todos que não o compreendiam. Ele foi acusado de ‘abusar’ de um menor. Mas talvez, abusaram dele! Ele mudou, e como! Eu mudei muito ao longo dos anos, e meus reais objetivos, encoberto numa era de trevas ficaram mais claros.

Bem, finalizando, ele era excêntrico, quem não for atire a primeira pedra! Para mim, não importa se ele era ‘black or white’, gostava de suas canções e de como ele dançava. Fiquei triste quando ouvi a noticia de sua morte inesperada, como a maioria das pessoas, e lamento o circo que se formou. Para o meu amigo Michael, só posso dizer uma coisa: ‘Gone too soon’.

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