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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Rien ne va plus


Acabei de ler o livro “Rien ne va plus” de Douglas Kennedy. A expressão é usada no jogo e quer dizer mais ou menos “Tarde demais pra apostar”. Comprei este livro, há muito tempo, na FENAC por R$ 9,90 numa liquidação de livros. Não conhecia o autor nem o livro. Estudo francês faz 235 anos e queria ler algo em francês. Havia comprado ‘Le Petit Prince’ em Paris em 1998, comecei a lê-lo várias vezes, mas nunca consigo terminar. Já tinha lido em português, foi bom na época, mas agora não desce... nem em francês. Sorry! “Rien ne va plus” ficou numa caixa com meus livros de francês um bom tempo, esperando ser lido. Comecei, parei, comecei novamente, parei de novo. Mas ai entrei numa fase de querer ler tudo de uma vez só. Entrei no curso “Book Talk” oferecido pela Cultura Inglesa. É, em inglês. Confuso? É assim, a gente lê algumas páginas, pré estabelecidas, de um livro em inglês e se reúne uma vez por semana para comentar o que leu. O problema é que não se pode ler além do que foi estabelecido, senão acaba falando mais do que deve na aula. Então achei uma solução, ler dois livros ao mesmo tempo. Assim que chego na página do livro em inglês, onde devo parar, passo para o outro livro. Resolvi adotar o “Rien ne va plus” para este propósito. Fiquei surpreso comigo mesmo, consegui entender tudo.... quase tudo! A técnica é ler sem ficar procurando palavras no dicionário e tentar entender pelo contexto. Se me perguntar do que se trata vou dizer e até dar detalhes.
David Armitage é um roteirista (scénariste) em Hollywood, megalomaníaco, e acaba sendo vítima dele mesmo! No começo ele trai a esposa e é enxotado de casa. Vai morar com a amante. Divorciado, vê a filha de vez em quando e paga pensão pra mulher e a filha. A série que ele escreve para a tevê faz sucesso e ele começa a ganhar dinheiro e prestigio. Um milionário louco chamado Phillip Fleck convida ele para ser o roteirista de um filme que ele quer produzir, convida-o para sua ilha particular no Caribe mas não aparece por lá. Durante uma semana ele desfruta de uma vida de rei, milionário. Por fim conhece a mulher de Phillip, Martha e ambos têm um lance (nada sexual). Ele fala com o Phillip quando já esta voltando para a cidade e fazem um acordo. Tudo vai bem até que um jornalista acusa David de plágio em um jornal, ai a carreira dele desce como que numa montanha russa. É a vida de Jó na Bíblia, algo faustiano. Tudo dá errado, a amante deixa ele, ele é despedido, a mulher proíbe ele de ver a filha, acaba o dinheiro. Quando já está no fim do poço, surge Martha para ajudá-lo. Mas para ajudá-lo ela terá de continuar com o marido Phillip. Com o tempo tudo volta ao normal, ele recupera o trabalho e o respeito dos colegas, mas não tem ninguém para dividir isso no final da história. Desculpe se eu estraguei o final do livro, mas eu sei que a maioria não vai ler mesmo, e se resolverem ler, fica como um ‘teaser’. Afinal, estou aqui recomendando a leitura como um processo e não como um fim. Só encontrei um comentário sobre o livro na internet. Uma no http://www.librarything.com/ dizendo: “très bom suspense pychologique!!! On Le lit d’une traite, on ne peut s’em défaire!!! Cela pourrait nous arriver… we never know!!!
*****”
Encontrei alguma informação sobre o autor em inglês no site: http://en.wikipedia.org/wiki/Douglas_Kennedy_(writer)

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